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02/07/202408/06/2022
Por redação AIoT Brasil
De acordo com o Banco Central, os primeiros testes-piloto da versão virtual do real, que ganhou o nome de real digital, só deverão ser iniciados em 2023, depois do atraso no cronograma por causa da greve dos funcionários da instituição. Inicialmente, as operações experimentais estavam previstas para começar no fim deste ano.
A criação do real digital havia sido anunciada pelo BC em 2021, para funcionar como uma extensão da moeda física. Diferentemente das criptomoedas, o real digital será garantido pelo governo e permitirá a aplicação de novos recursos de tecnologia, como contratos inteligentes (smart contracts), transações com outros países e utilização em dispositivos de internet das coisas.
A nova programação foi comunicada por Fábio Araújo, economista do Banco Central, durante um debate virtual sobre o tema promovido pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban). “A gente tinha a intenção de começar os testes talvez ainda no final deste ano, mas a greve atrasou bastante o cronograma. De toda forma, em 2023 e em boa parte de 2024 vamos ter os pilotos rodando e as condições de ter certeza do lançamento da moeda digital na segunda metade de 2024”, explicou Araújo.
De acordo com a Agência Brasil, os interessados em utilizar o real digital deverão obter uma carteira virtual de um agente autorizado pelo BC, como um banco ou uma instituição de pagamento. “A versão inicial da moeda digital será uma opção adicional ao uso de cédulas convencionais e poderá ser convertida para qualquer outra forma de pagamento hoje disponível – como depósito bancário convencional ou em real físico”, informou a agência.
Em um evento realizado nesta semana, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse que o real digital não deverá ser uma moeda amplamente disseminada nem terá amplo uso por pessoas físicas, e sim funcionar como um ativo para o atacado, mais acessado por empresas. A moeda virtual também servirá como lastro para criptomoedas emitidas por bancos, com incentivo do BC.
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