Por Ricardo Marques da Silva

A visão computacional se tornará parte integrante das operações padrão no setor de logística nos próximos cinco anos, com impacto em áreas como saúde, segurança, varejo, manufatura, ativos, remessas e recuperação de desastres, entre outras. Essa é uma das conclusões do relatório de tendências “Visão Computacional Baseada na IA”, um estudo abrangente que acaba de ser divulgado pela multinacional de serviços logísticos DHL.

A visão computacional é descrita como “a ciência e tecnologia das máquinas que enxergam”, utilizada na construção de sistemas virtuais a partir de informações de imagens ou outros dados multidimensionais, por meio de algoritmos. É um campo da inteligência artificial que permite que computadores e sistemas extraiam informações significativas de imagens digitais e vídeos, com a capacidade de fazer recomendações proativas.

De acordo com a DHL, esse mercado deve quadruplicar suas vendas em dez anos, saltando de 9,4 bilhões de dólares em 2020 para 41,11 bilhões em 2030, uma projeção que poderá ser acelerada pela aplicação de visão computacional para melhorar a eficiência e a sustentabilidade, poupar tempo e reduzir custos. Katja Busch, diretora comercial da DHL, explicou: “A visão computacional tem se desenvolvido rapidamente e tudo indica que está se tornando uma tecnologia que pode moldar o setor e é promissora em todas as áreas de supply chain, para clientes, funcionários, parceiros e para o meio ambiente”.

Klaus Dohrmann, vice-presidente e chefe de inovação e pesquisa de tendências da DHL, informou que o setor de logística está conhecendo melhor os casos de uso que demonstram o valor da visão computacional: “À medida que evolui, graças aos avanços na percepção de profundidade, reconstrução 3D e interpretação de imagens escuras e desfocadas, a tecnologia irá desbloquear outras oportunidades e trazer benefícios adicionais para as empresas de logística”.

Em relação aos desafios e preocupações para o futuro, os analistas da DHL citaram a aceitação pública da visão computacional, especialmente entre aqueles que temem o monitoramento constante. “A segurança cibernética também é crucial nesse contexto, envolvendo o tratamento de dados e a conformidade com o Regulamento Geral de Proteção de Dados e outras leis de privacidade. Enfrentar esses desafios requer orquestração e colaboração cuidadosa de todas as partes envolvidas”, acrescentou o relatório.