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US Open cria torcida virtual com inteligência artificial

Para compensar a ausência do público, organizadores do torneio de tênis fecham parceria com a IBM e oferecem experiências inéditas

02/09/2020

US Open cria torcida virtual com inteligência artificial
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*legenda da imagem: vista geral do ginásio Louis Armstrong sem torcida, durante partida feminina no primeiro dia do US Open/Darren Carroll/Usta

Por redação AIoT Brasil

Mesmo com os números preocupantes de novos casos e mortes por covid-19 que se registram nos Estados Unidos, os organizadores do US Open decidiram manter o torneio de tênis de Nova York, um dos quatro Grand Slam, os mais importantes do mundo, com prêmios milionários. Evidentemente, foi adotada uma série de cuidados, como isolamento dos jogadores, juízes de linha de máscara, proibição de contato com os boleiros para a entrega de toalhas e água e, o de maior impacto, a ausência de público.

Por isso, quem assistiu pela TV aos jogos principais do primeiro dia do torneio, em 31 de agosto – entre os quais o de estreia do número 1 do mundo, o sérvio Novac Djokovic –, pode ter estranhado os tradicionais aplausos e gritos da torcida no fim dos games e nos pontos mais disputados, apesar das arquibancadas vazias. A explicação está diretamente relacionada à inteligência artificial e a duas tecnologias da IBM, AI Highlights e  Watson.

As tecnologias foram usadas para criar a experiência AI Sounds (sons com inteligência artificial), com base em centenas de horas de imagens de vídeos de edições anteriores do US Open, que foram analisadas para avaliar o nível de emoção do público. No torneio atual, esse material servirá para simular as reações dos torcedores de forma dinâmica, com o máximo possível de realismo. As ferramentas estão disponíveis para as equipes de produção nas quadras e nos estúdios de TV.

Em parceria com a United States Tennis Association (Usta), responsável pelo torneio, foram desenvolvidas outras duas experiências. A Open Questions utiliza a tecnologia Watson Discovery para oferecer aos fãs a possibilidade de participar remotamente dos jogos, interagir com os organizadores e com outras pessoas e fazer perguntas. As respostas são dadas com argumentos a favor e contra, a partir de milhões de referências e notícias sobre tênis.

A terceira experiência proporciona insights das partidas baseados em inteligência artificial, também por meio do Watson Discovery, com uso de processamento de linguagem natural (NLP, na sigla em inglês) de IBM Research. A tecnologia consegue transformar dados estruturados, como estatísticas de partidas anteriores, em narrativas sobre os jogadores, antes da partida.

As experiências são baseadas em uma arquitetura de nuvem híbrida aberta – na nuvem pública da IBM e em nuvens privadas – e estarão disponíveis, em inglês no site oficial do torneio e no aplicativo US Open, para Android e iOS.

 

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