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Surge uma nova modalidade de golpe com vídeos deepfake

De acordo com a Palo Alto Networks, muitas dessas manipulações foram feitas pelo grupo de cibercriminosos que promoveu o esquema de investimentos fraudulento Quantum AI

18/09/2024

Surge uma nova modalidade de golpe com vídeos deepfake
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Por redação AIoT Brasil

Várias campanhas cibernéticas globais estão utilizando figuras públicas como CEOs, âncoras de noticiários e funcionários do alto escalão do governo para a produção de vídeos deepfake usados em fraudes. As tentativas de golpe foram percebidas por especialistas em inteligência de ameaças da Unit 42, braço de pesquisa da empresa de cibersegurança Palo Alto Networks, que apontaram como responsável um grupo de criminosos que promoveu um esquema de investimentos fraudulento conhecido como Quantum AI.

Os pesquisadores descobriram dezenas de campanhas direcionadas a potenciais vítimas em países como França, Itália, Canadá, México, Turquia, República Tcheca, Cingapura, Cazaquistão e Uzbequistão. “Devido às semelhanças táticas e de infraestrutura, eles estimam que muitas dessas ações sejam originadas de um único grupo cibercriminoso. Em junho de 2024, centenas de domínios foram utilizados para promover esses golpes e cada domínio registrou, em média, 114 mil acessos no mundo desde que foram ativados, conforme a telemetria de DNS passivo (pDNS) da Unit 42”, explicou a empresa.

Depois de investigações mais aprofundadas, os especialistas comprovaram que a maioria dos vídeos manipulados e amplamente compartilhados pelos cibercriminosos estava hospedada no domínio Belmar-marketing.online. “Os primeiros vídeos disseminaram uma campanha que promovia um esquema de investimento chamado Quantum AI. Os pesquisadores estudaram essa produção para acompanhar sua disseminação ao longo do tempo. Por meio da infraestrutura utilizada, várias outras campanhas foram reveladas em diferentes partes do mundo”, disse a empresa de cibersegurança.

As tentativas de golpe foram desenvolvidas em diferentes idiomas, utilizando a imagem de figuras públicas e líderes empresariais, o que indica que cada campanha pretendia alcançar um público-alvo diferente. Na maioria dos casos, um áudio falso gerado por IA generativa era adicionado a um vídeo legítimo. Finalmente, foi utilizada uma tecnologia de sincronização labial para modificar os movimentos da pessoa, ajustando-os ao áudio manipulado. “Em parte considerável dos conteúdos, foi utilizada a imagem de Elon Musk, embora outras personalidades públicas também tenham sido identificadas”, acrescentou a Palo Alto Networks.

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