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Mais de 4,6 bilhões de dados já foram vazados em 2021

Especialista diz que a vulnerabilidade do home office requer medidas de proteção mais eficazes das empresas e também dos profissionais

26/08/2021

Mais de 4,6 bilhões de dados já foram vazados em 2021
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Por redação AIoT Brasil

Apenas no primeiro semestre deste ano, o número de vazamento de dados em todo o mundo quase quadruplicou em relação ao total registrado em 2019. De acordo com levantamento da empresa de segurança digital PSafe, com base nos dados da CyberLabs, nos seis primeiros meses de 2021 foram vazados mais de 4,6 bilhões de dados, alta de 387% na comparação com 2019 inteiro, e caso o ritmo se mantenha estima-se que serão ultrapassados os vazamentos de 2020.

Entre as causas do aumento destaca-se a pandemia de covid-19, que manteve as pessoas em casa e levou a prática de home office a crescer em um nível inédito. Com tantos profissionais trabalhando em sistemas domésticos, a vulnerabilidade cresceu e os cibercriminosos encontraram mais facilidades para realizar seus ataques. A isso se somou o avanço do uso de tecnologias de inteligência artificial, que requerem proteções mais efetivas para garantir a segurança dos dados.

Em relação ao home office, o cientista da computação Fellipe Guimarães, CEO da empresa de tecnologia Codeby, de São Paulo (SP), diz que é essencial que as empresas adotem novas medidas de segurança: “Alguns fatores influenciam a vulnerabilidade dos dados no trabalho remoto. Por exemplo: muitos trabalhadores em home office tendem a usar seus próprios dispositivos ou usar o computador da empresa em sua rede residencial, e esses dois cenários implicam riscos potenciais à segurança”, explica.

Ao mesmo tempo, os profissionais que trabalham em casa precisam fazer sua parte e ficarem mais atentos à possibilidade de vazamento de dados devido a, por exemplo, downloads de arquivos maliciosos, preenchimento de cadastro em sites não confiáveis e outras atividades que dependem de cuidados do usuário. Outro ponto vulnerável é a rede de Wi-Fi doméstico, em geral usada por várias pessoas, com a mesma senha. “A senha deve ser forte e recomenda-se que sejam trocadas regularmente. Além disso, é importante manter o roteador sempre atualizado, com os últimos updates em correções de falhas de segurança”, sugere Guimarães.

Ele lembra também que a utilização de VPN (Virtual Private Network) aumenta a segurança no trabalho remoto ao criar uma espécie de túnel em que, dependendo da configuração a ser realizada pela equipe de TI, só permitirá a comunicação do computador com a empresa. Entre outras recomendações de Guimarães estão a atualização constante do antivírus e varreduras periódicas, backups regulares dos arquivos mais importantes e a autenticação de dois fatores, que adiciona uma segunda camada de proteção. Para completar, o alerta óbvio: em nenhuma hipótese deve-se clicar em links suspeitos ou desconhecidos nem compartilhar senhas, dados bancários e documentos pessoais ou da empresa. “Na dúvida, prefira não clicar”, afirma Guimarães.

Vazamentos se multiplicaram no primeiro semestre/Divulgação Codeby

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