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Lisboa usa IA para combater bitucas de cigarros

Projeto-piloto une a prefeitura da cidade, Philip Morris e startups e aplica algoritmo para deixar as ruas mais limpas

03/09/2020

Lisboa usa IA para combater bitucas de cigarros
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Crédito da foto: Reprodução Litterati

Por redação AIoT Brasil, em Portugal

Em Portugal, as bitucas de cigarro são chamadas de beatas. Qualquer que seja o nome, contudo, o excesso desse tipo de lixo nas calçadas incomoda muito os cidadãos do país, principalmente nas cidades que recebem um número maior de turistas, como Lisboa e Porto, e sempre foi um motivo de reclamações. Agora, na tentativa de reduzir o problema, a prefeitura da capital portuguesa lançou um projeto-piloto que utiliza inteligência artificial para detectar as bitucas e orientar o trabalho de limpeza urbana.

Além da prefeitura, participam da iniciativa a Tabaqueira, subsidiária da Philip Morris Internacional, a startup suíça Cortexia e a Litterati, uma comunidade mundial com sede na Califórnia, Estados Unidos, que se dedica à redução do lixo de forma participativa.

O primeiro passo foi dado nos dias 25 e 26 de agosto, quando um veículo adaptado pela Cortexia com software de IA percorreu algumas ruas de Lisboa para identificar os resíduos e coletar dados que serão usados para o monitoramento contínuo e otimização da limpeza. Ao mesmo tempo, a Litterati percorreu as ruas para uma análise baseada em um aplicativo de crowdsource-cleaning, em um trabalho colaborativo.

O projeto é financiado com recursos relacionados à escolha de Lisboa como Capital Verde Europeia 2020, em um programa que envolve também a coleta seletiva, a redução do uso de plástico e materiais não recicláveis e o combate ao desperdício de alimentos, entre outras iniciativas. Com base nos resultados, a Philip Morris, fabricante global de cigarros, pretende replicar o projeto em vários outros países, com o objetivo de reduzir pela metade os resíduos de seus produtos até 2025.

Os diferentes tipos de lixo, mesmo os menores, são detectados e registrados pelo algoritmo de deep learning da Cortexia, operado por um hardware que pode ser instalado em qualquer tipo de veículo, até mesmo uma bicicleta. Os dados são automaticamente transmitidos em nuvem e geram mapas de informação geográfica ordenados cronologicamente por local e tipo de lixo, com gráficos de curvas que mostram a evolução dos resíduos em determinada área.

Enquanto isso, o aplicativo da Litterati produz relatórios que completam as informações. Com todos esses recursos, a prefeitura pode programar de forma mais efetiva o trabalho de coleta de lixo e limpeza urbana, com ênfase nos locais e nos tipos de resíduo indicados pela análise.

A Litterati disponibilizou seu aplicativo para uso geral, a fim de incentivar os cidadãos a fotografar resíduos e partilhar as informações, com a meta de “acabar com o lixo do mundo”. O app está disponível para Android e iOS.

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