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IA pode ser decisiva para a remissão do diabetes tipo 2

Pesquisa da startup Twin Health mostrou que conselhos personalizados aos pacientes alcançaram resultados melhores do que os tratamentos convencionais

15/12/2022

IA pode ser decisiva para a remissão do diabetes tipo 2
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Por redação AIoT Brasil

Um novo estudo de pesquisadores da startup Twin Health mostrou que a remissão do diabetes tipo 2 pode ser conseguida com a ajuda de recursos de inteligência artificial capazes de manter níveis normais de açúcar no sangue por meio de orientações não convencionais relacionadas a alimentação e hábitos. A IA seria usada para coletar dados a respeito de atividades físicas, nutrição, sono e respiração de um paciente usando um wearable, ou dispositivo vestível.

Com essas ferramentas, é possível compilar dados dos níveis de glicose do paciente, valores de pressão arterial, ingestão de alimentos, peso, proporção de gordura corporal, frequência cardíaca e sono para orientar conselhos personalizados. Os resultados da pesquisa mostraram que 84% das pessoas monitoradas atingiram níveis normais de açúcar no sangue sem uso de medicação.

O estudo, publicado no site da American Diabetes Association (ADA), lançou uma nova luz sobre os tratamentos convencionais do diabetes tipo 2, classificado pela Organização Mundial da Saúde como uma epidemia global que atinge 8,5% da população do planeta e pode causar cegueira, ataque cardíaco e derrame.

A tecnologia de gêmeos digitais de corpo inteiro, ou Whole Body Digital Twin, foi apresentada em um evento da ADA em New Orleans, nos Estados Unidos, e se baseia em IA para permitir uma abordagem personalizada que ajuda a melhorar o metabolismo de pessoas com diabetes tipo 2. “Os quatro sensores mais críticos no tratamento são um monitor contínuo de glicose, um rastreador de condicionamento físico, uma balança inteligente e um aparelho de pressão arterial”, explicou Lisa Shah, diretora médica da Twin Health.

O estudo envolveu 199 pacientes na Índia, que usaram o aplicativo para seguir os conselhos de estilo de vida por seis meses. Paralelamente, foi iniciado nos Estados Unidos um ensaio clínico com previsão de acompanhamento por cinco anos, até 2027. No entanto, a startup alerta que caso os pacientes não continuem a seguir as sugestões do algoritmo, a doença pode reaparecer, pois a remissão não significa cura. No caso do diabetes tipo 2, a remissão é definida como a manutenção dos níveis normais de glicose no sangue por pelo menos três meses, sem medicamentos.

“O impacto do programa na satisfação do paciente, na qualidade de vida e no custo total do atendimento é substancial e representa uma promessa significativa para grandes populações que sofrem de doenças metabólicas em todo o mundo”, afirmou o pesquisador Paramesh Shamanna, principal autor do estudo. Os cientistas, contudo, observaram que pesquisas de longo prazo serão necessárias para apoiar essas descobertas iniciais.

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