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21/11/202403/08/2023
Por redação AIoT Brasil
A aplicação recente de técnicas de deepfake para simular imagens de Elis Regina em um comercial provocou polêmica no Brasil, mas antes disso a inteligência artificial já vinha sendo utilizada com frequência em produções de Hollywood, de onde sai a maioria dos sucessos do cinema. Entre os exemplos estão as cenas com Paul Walker no final de Velozes e Furiosos 7, quando o ator já era falecido, e o rejuvenescimento de Harrison Ford, de 80 anos, em Indiana Jones e o Chamado do Destino.
Os efeitos especiais criados com IA também têm papel de destaque em filmes como Missão: Impossível – Acerto de Contas e nas séries Black Mirror e Invasão Secreta, entre outras, mas a discussão a respeito da tecnologia ganhou uma nova dimensão durante a greve em Hollywood. Os roteiristas iniciaram a paralisação em maio, enquanto os atores aderiram oficialmente no dia 14 de julho, com grande impacto, quando se considera que a última greve desses profissionais ocorreu na década de 80.
As negociações, que já eram tensas, se tornaram ainda mais complicadas a partir de uma “proposta de IA inovadora” que teria sido lançada pela Alliance of Motion Picture and Television Producers (AMPTP), que representa os produtores e afirmou que a tecnologia “protege as semelhanças digitais dos atores”. Bastou isso para que o SAG-AFTRA, sindicato dos profissionais do Screen Actors Guild e da Federation of Television and Radio Artists, convocasse uma coletiva de imprensa.
Duncan Crabtree-Ireland, diretor-executivo da SAG-AFTRA, disparou: “Essa proposta de ‘IA inovadora’ que eles nos apresentaram prevê que nossos artistas de fundo podem ser escaneados e receber um dia de pagamento, enquanto as empresas se tornam donas aquela digitalização, da sua imagem e da sua semelhança, para usá-las pelo resto da vida em qualquer projeto que quiserem, sem consentimento e sem compensação. Então, se vocês acham que é uma proposta inovadora, sugiro que pensem novamente”.
Criou-se assim mais um ponto de discórdia para que a greve “histórica” se mantenha viva, ao mesmo tempo em que se acirra a discussão a respeito do uso da IA generativa. Enquanto isso, alguns artistas já adotaram uma posição e se protegem contra a utilização de sua imagem, no futuro.
É o caso de Madonna, que, segundo matéria da Forbes, adicionou ao seu testamento a proibição do uso de sua imagem por meio de IA depois de sua morte. Robin Williams, morto em 2014, também havia deixado um documento que restringia o uso de sua imagem por até 25 anos. Keanu Reeves, por sua vez, nos contratos assinados neste ano também proibiu a edição de suas imagens por IA ou deepfake, e Samuel L. Jackson, igualmente preocupado com a tecnologia, não permite que os estúdios tenham direito ao uso de suas cenas perpetuamente.
Nos novos capítulos que envolvem IA, o que se destaca é o fato de que os artistas famosos têm poder de negociação suficiente para determinar como suas imagens serão utilizadas. Porém, no fundo das cenas, os coadjuvantes e figurantes, em número muito maior, se sentem desprotegidos e recorrem à palavra mágica – regulamentação – que tem mobilizado pessoas e organizações em torno da necessidade de regras de aplicação das novas tecnologias.
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