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11/11/202404/12/2020
Por redação AIoT Brasil
Uma parceria entre a Fundação SOS Mata Atlântica e a Microsoft permitirá que recursos de inteligência artificial sejam utilizados para monitorar rios, lagos, mananciais e bacias hidrográficas em 17 estados brasileiros e no Distrito Federal, além de prever como estará a qualidade da água em até cinco anos. O trabalho terá como base as coletas mensais feitas pelos 3.500 voluntários do programa Observando os Rios em 343 pontos do bioma, que agora serão analisadas com o apoio de dados na nuvem e das soluções de data analytics da Microsoft.
Nas coletas do programa, feitas desde 2003, são avaliados 16 parâmetros, dentre os quais a temperatura da água, o lixo flutuante, o odor, o nível de oxigênio e a quantidade de peixes. Essas informações permitem uma análise por município, por estado e por bacia hidrográfica e servem de base para a elaboração do relatório “Observando os Rios – O retrato da qualidade da água nas bacias hidrográficas da Mata Atlântica”, publicado anualmente pela Fundação SOS Mata Atlântica.
As informações também são cruzadas com bases de dados de outras fontes, como o programa Aqui Tem Mata, o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento e o departamento de informática do Sistema Único de Saúde, para que a Fundação avalie o impacto da floresta nativa na qualidade da água e nas condições de saúde das populações próximas.
Graças à parceria com a Microsoft, que tem também o apoio do Elo Group, agora será incorporada a tecnologia Azure Machine Learning, um subconjunto de algoritmos de inteligência artificial que treina modelos preditivos da qualidade futura da água. O sistema avaliará os rios com dados de coleta dos dois últimos anos, no mínimo, para calcular a pontuação da qualidade da água no futuro, com classificação entre péssima, ruim, regular, boa ou ótima no próximo ano ou em até cinco anos.
Da parte da Microsoft, o investimento está sendo feito pelo programa AI For Earth. “A água é o principal ativo para a sociedade e essencial para a vida. Presenciar a utilização da inteligência artificial para a melhoria da qualidade de água em bacias hidrográficas de todo o país pela SOS Mata Atlântica só reforça o potencial transformador dessa tecnologia que, quando usada da forma correta, pode impulsionar as mais diferentes iniciativas”, disse Tânia Cosentino, presidente da Microsoft Brasil.
Gustavo Veronesi, coordenador do programa Observando os Rios, acrescentou: “Agora, temos uma oportunidade única de somar os esforços dos nossos voluntários com o poder de análise preditiva da inteligência artificial, aumentando ainda mais o potencial de contribuição desse projeto para a definição de agendas públicas de saneamento e preservação de mananciais”.
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