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Edição de fotos movida a IA

Larissa Morimoto, growth manager da Photoroom, fala sobre a estratégia da startup francesa para crescer nesse mercado e aponta novos recursos que estão a caminho

30/10/2024

Edição de fotos movida a IA
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Por Daniel dos Santos

O Photoroom é um popular aplicativo de edição de imagens que tira proveito dos recursos da inteligência artificial para facilitar a vida dos milhões de fotógrafos amadores espalhados pelo mundo. Criado em 2019 pela startup francesa de mesmo nome, ele segue em forte ritmo de crescimento (já são mais de 150 milhões de downloads) e recebeu recentemente uma rodada de financiamento de US$ 43 milhões de dólares.

O AIoT Brasil conversou com Larissa Morimoto, Growth Manager da Photoroom, que esteve recentemente no Brasil. Executiva com experiência na internacionalização de produtos de inteligência artificial generativa no Brasil e no México, ela usa a abordagem de design thinking na Photoroom. Entre sua experiência em estratégias de marketing orgânico voltadas para a Geração Z, ela ajudou a alcançar mais de 50 milhões de visualizações orgânicas no TikTok, além de milhões de visualizações em campanhas pagas no Meta e no Google. Formada em Administração de Empresas pela Parsons School of Design, Larissa atualmente lidera esforços de crescimento internacional na América Latina e parcerias com marcas internacionais.

AIoT Brasil – Para quem ainda não conhece a Photoroom, como você explica a proposta da empresa e do app? O que diferencia o Photoroom de outros apps de edição de fotos no mercado?

Larissa Morimoto – O diferencial do Photoroom é justamente a facilidade de uso, é uma ferramenta com recursos rápidos e intuitivos, e com resultados de qualidade profissional em questão de poucos cliques e minutos. Além disso, diferente dos outros aplicativos, o foco da Photoroom é ajudar pequenos empreendedores, para que mais empreendedores possam se destacar nas criações visuais aumentando suas vendas e podendo se dedicar mais a outros processos e estratégias.

AIoT Brasil – Em um cenário onde a concorrência de ferramentas de edição de imagem é tão intensa, como vocês lidam com a necessidade de se diferenciar e escalar a base de usuários?

Larissa Morimoto – Nossa estratégia foca em personalizar as necessidades para o segmento, criando uma conexão mais forte com nossa base de usuários e a diferenciação está no uso de tecnologias de IA também ao nosso favor nessa busca constante de escutá-los e aprimorar suas necessidades.

AIoT Brasil – O uso de inteligência artificial (IA) tem sido uma tendência no mercado de edição de fotos. Como a Photoroom está utilizando IA para melhorar a experiência do usuário e quais seus diferenciais?

Larissa Morimoto – Nossa IA é educada e feita para facilitar a experiência dos usuários que não possuem conhecimentos avançados, a remoção automática de fundos, por exemplo, é uma das ferramentas mais requisitadas e utilizada no mercado de produtos e a precisão da nossa IA é detalhista, sem alterar nenhum pixel do item fotografado. É acessível e rápida para quem precisa. A ideia do Photoroom é proporcionar um trabalho profissional que resulta também na economia de serviços e tempo do microempreendedor.

AIoT Brasil – Com a evolução tecnológica, como você vê o futuro das ferramentas de edição de imagens? Quais tendências você acredita que vão moldar o mercado nos próximos anos?

Larissa Morimoto  – Acredito em um futuro onde a IA e toda essa automação transforme todo esse mercado de edição de imagens, isso já está acontecendo através da capacidade de se criar conteúdo rico com o mínimo de esforço, com ferramentas que são colaborativas entre equipes em tempo real.

AIoT Brasil – Quais são os maiores desafios que você tem enfrentado no mercado de tecnologia e edição de fotos, especialmente no contexto de startups de crescimento acelerado? 

Larissa Morimoto – Acredito que aqui o maior desafio que temos é equilibrar esse crescimento rápido com uma entrega de valor consistente para nossos usuários. As startups e todo mercado de tecnologia têm uma demanda extremamente ágil, o que, às vezes, dificulta manter a qualidade e inovação nas ferramentas de edição de fotos ao mesmo tempo que se escala, é complicado porque estamos em constante atualização em todo esse cenário, mas posso dizer que a Photoroom está sabendo acompanhar e está se saindo bem.

AIoT Brasil – Quais foram os momentos de maior aprendizado no seu trabalho na Photoroom até agora? 

Larissa Morimoto Somos uma equipe pequena, com recursos limitados, e estamos sempre buscando inovar. Isso significa que precisamos realmente aprender a priorizar o que terá o maior impacto, e aprender a dizer não tem sido uma grande lição para mim. Nosso CEO, Matt, uma vez me disse que os resultados mais criativos acontecem quando enfrentamos mais restrições, então aprendemos a ver essas limitações como oportunidades para sermos mais engenhosos e eficientes.

AIoT Brasil – Com o aumento do trabalho remoto e das startups globais, como a Photoroom lida com a expansão internacional e a construção de uma base de usuários diversificada? 

Larissa Morimoto   – O trabalho remoto nos permite contratar talentos de diversas regiões, além de moldar o nosso produto de acordo com as demandas e conhecimentos de determinada região. Por exemplo, nosso perfil do Instagram da Photoroom Brasil conta com uma brasileira, que mora no Brasil mesmo, nossa sede fica em Paris, na administração e interface. E para nós, é fundamental essa aproximação e intermediação, pois conseguimos compreender e ajustar nossas companhas de forma que sejam refletidas as preferências culturais desse mercado. Além disso, estamos sempre atentos às necessidades locais, nossa API está presente em mais de 180 países e contamos com uma equipe global de mais de 50 funcionários.

AIoT Brasil – Como o Photoroom tem se adaptado às demandas de criadores de conteúdo, pequenos empreendedores e outros públicos-alvo? 

Larissa Morimoto  Nossa maior fonte de melhoria é escutar nossos usuários e adaptar os recursos de acordo com os feedbacks e as necessidades deles, na Photoroom priorizamos esse contato mais próximo dos usuários em busca de aperfeiçoamento e melhorias.

AIoT Brasil – Quais foram os principais desafios que você enfrentou ao longo do caminho até se tornar Growth Manager da Photoroom?

Larissa Morimoto Minha formação é em Design Estratégico, e acabei entrando na Photoroom por acaso, depois de ser rejeitada para uma vaga em uma empresa de moda. Comecei como estagiária, ajudando na estratégia de comunicação e redes sociais. Naquela época, eu nem sabia que a empresa trabalhava com inteligência artificial, então sempre brinco que cheguei antes de virar moda. Já tinha experiência na área de comunicação e estava tentando construir minha própria presença nas redes sociais, então foi um encaixe bem natural. Depois de um tempo, evoluí para uma função de Growth, quando minha gerente percebeu que meu conteúdo tinha potencial para ser usado nos nossos anúncios — foi aí que comecei no marketing de performance. E o resto é história. Desde então, tenho aprendido e crescido cada vez mais! Agora estou superanimada por estar em um papel que me permite aumentar as oportunidades para comerciantes na América Latina, e não consigo me imaginar em outro lugar!

AIoT Brasil – Olhando para o futuro, que novos recursos podemos esperar do Photoroom próximos meses? 

Larissa Morimoto Atualmente, estamos trabalhando para tornar mais fácil a colaboração em projetos de design, pois percebemos que cada vez mais empresas dependem de nós para suas necessidades de edição de fotos. Agora, é possível usar a Photoroom em equipe e trabalhar em um design junto com outras pessoas — algo que não vemos muitos outros apps de IA para mobile oferecerem. Além disso, estamos incorporando cada vez mais ferramentas de IA voltadas especificamente para empresas. A que mais me empolga é o criador de logotipos usando IA, que em breve estará disponível para nossos usuários de iOS!

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