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CyberLabs e Psafe anunciam fusão na área de cibersegurança

Objetivo é criar o maior grupo de inteligência artificial e segurança digital da América Latina, com previsão de faturamento de R$ 100 milhões em 2021

18/02/2021

CyberLabs e Psafe anunciam fusão na área de cibersegurança
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Por redação AIoT Brasil

Depois de negociações que se estenderam ao longo do segundo semestre do ano passado, a startup de inteligência artificial CyberLabs anunciou a fusão com a PSafe, desenvolvedora de soluções de segurança, ambas com sede no Rio de Janeiro. O objetivo, de acordo com as empresas, é criar “o maior grupo de IA e cibersegurança da América Latina”, com previsão de faturamento de R$ 100 milhões em 2021, tendo como ponto de partida uma base de mais de 6 milhões de usuários ativos no Brasil e nos Estados Unidos, entre pessoas físicas e jurídicas.

A nova companhia passa a se chamar Grupo CyberLabs e conta com uma equipe de mais de 150 engenheiros e pesquisadores em IA e um laboratório de pesquisas em cibersegurança. Anunciada no dia 5 de fevereiro, a fusão teve o apoio da Redpoint eventures, que já era sócia investidora da PSafe desde 2013 e, em agosto de 2020, liderou uma rodada de investimentos de R$28 milhões na CyberLabs.

Um dos alvos prioritários do grupo são as pequenas e médias empresas, mais vulneráveis a ataques cibernéticos e vazamento de dados, principalmente depois que a covid-19 tornou quase obrigatório o home office. “Estamos vivendo uma pandemia digital e, pelo fato de as pequenas e médias empresas não terem estruturas nem recursos suficientes, cada colaborador remoto se transforma em um ponto a mais de vulnerabilidade”, disse Marcelo Sales, CEO do Grupo. “Basta uma vulnerabilidade, um dispositivo desprotegido, para que um golpe seja bem-sucedido. Somente em 2020 foram detectados mais de 600 milhões de URLs maliciosas no Brasil, e temos registro de um ataque a cada 16 segundos”, acrescentou o executivo.

Marco DeMello, presidente do Grupo CyberLabs, acentuou que o Brasil ocupa a penúltima colocação no ranking global de detecção de ameaças, à frente apenas da Turquia. “Os vazamentos de dados no país levam em média 46 dias para serem identificados, o que é um prazo inaceitável. Há muito a ser feito em prol da cibersegurança no país”, disse.

A estratégia do grupo é difundir os produtos de segurança baseados em IA, sobretudo o dfndr enterprise, uma tecnologia contra vazamentos de dados empresariais que faz monitoramento contínuo da deep web para oferecer proteção preditiva. A solução funciona basicamente de forma automática, ao identificar e bloquear as ameaças virtuais antes que se tornem ativas, e pode ser testada gratuitamente por 30 dias no site da PSafe.

A CyberLabs também desenvolve ferramentas de IA relacionadas à segurança digital, como o KeyApp, um aplicativo que permite o acesso de pessoas às empresas por meio de reconhecimento facial ou QR code, dispensando a necessidade de senhas digitadas ou contato físico.

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