Por Marcelo Morales, de Lisboa

Uma das estrelas do Web Summit Lisboa, como não poderia deixar de ser, é a inteligência artificial, que ganhou um palco só pra ela. No pavilhão 4 fica o AI Academy, número 13, onde se sucedem palestras rápidas, de 20 minutos, abordando diferentes temas de IA, visões e abordagens distintas.

Uma das mesas que lotou a plateia reuniu Alexandre de Vigan (nfinite), Daniela Braga (Defined.ai) e Sonia Barlow (LFM Network/BBC), que falaram sobre “Empowering the creators shaping the future of AI”, ou empoderando os criadores que moldam o futuro da inteligência artificial.

Vigan defende que estamos vivendo na era da inteligência artificial, que terá papel essencial como assistente, para, por exemplo, escrever e gerenciar e-mails. Ele já antevê o dia em que novos produtos poderão ser desenhados a partir de dados colhidos por meio de IA de avaliações feitas por consumidores de produtos já no mercado.

Já Daniela Braga disse que hoje não é a inteligência artificial que ameaça os empregos, mas as pessoas que têm habilidades relativas à inteligência artificial que ameaçam os empregos de quem não possui essas habilidades. Os humanos não serão substituídos, acredita, mas poderão fazer as coisas mais rápido, ampliando a produtividade.

Braga ainda disse que há muito o que aperfeiçoar em inteligência artificial, em particular para contemplar a diversidade. O tratamento de dados, segundo ela, tem viés, em um mundo dominado por homens, o que precisa ser corrigido. Também merecem atenção os temores relativos à desinformação.