Espetáculo do grupo Os Satyros usa IA no lugar de atores
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27/05/202525/07/2024
Por redação AIoT Brasil
A inteligência artificial está sendo aplicada para valer no trabalho de produção de músicas e videoclipes de algumas bandas coreanas formadas por jovens, e os fãs não sabem bem o que pensar. Alguns deles apoiam a ideia e lembram que a tecnologia pode ajudar o artista a superar os bloqueios criativos, enquanto outros se preocupam com a descaracterização das músicas de suas boy bands e girl bands favoritas.
A questão vem sendo discutida na Coreia e, agora, ganhou espaço na BBC britânica, que publicou um artigo em que o ponto central acabou sendo a validade ou não da utilização de IA nos processos de criação artística. Afinal, trata-se de grupos que fazem um imenso sucesso comercial, têm milhões de fãs e reconhecem que estão usando IA até mesmo na composição de suas canções.
Um dos integrantes da banda de K-pop Seventeen, por exemplo, cujo álbum lançado em 2023 vendeu cerca de 16 milhões de cópias, admitiu o uso de IA no clipe de lançamento de Maestro, seu último disco. Identificado como Woozi, o artista disse à BBC que estavam “experimentando” compor músicas com IA e explicou: “Queremos nos desenvolver juntamente com a tecnologia, em vez de reclamar dela. Esse é um desenvolvimento tecnológico que temos de alavancar, e não apenas ficar insatisfeitos. Utilizei IA e tentei procurar os prós e os contras”.
Porém, nas páginas de discussão do K-pop, os fãs ficaram divididos e muitos disseram que é necessária a regulamentação da IA antes que a tecnologia se normalize como de uso comum. Foi o caso de Ashley Peralta, que está preocupada com a possibilidade de um disco inteiro com letras geradas por IA significar que os fãs perderão o contato com seus músicos preferidos.
“Eu adoro quando a música é um reflexo de um artista e de suas emoções. Cantores de K-pop são muito mais respeitados quando estão envolvidos na coreografia e na composição da letra e da melodia, porque assim você obtém um pedaço de seus pensamentos e sentimentos. A IA pode eliminar aquele componente crucial que conecta os fãs aos artistas”, disse Ashley, que apresenta um podcast de fãs de K-pop chamado Spill the Soju.
A girl band Aespa também utilizou IA no videoclipe de lançamento do seu último single, Supernova, que tem cenas geradas pela tecnologia, em que os rostos das garotas do grupo permanecem imóveis enquanto apenas suas bocas se mexem. A também podcaster e superfã Chelsea disse que foi uma péssima ideia: “O K-pop é conhecido por sua produção e edição incríveis, então ter cenas inteiras feitas com IA tira todo o charme. Além disso, fica mais difícil saber se a arte original dos vídeos de alguém foi roubada. É um assunto realmente delicado”.
A BBC lembrou ainda que em junho as superestrelas Billie Eilish e Nicki Minaj assinaram uma carta aberta pedindo que o uso predatório de IA na indústria musical fosse interrompido. Elas pediram que as empresas de tecnologia se comprometessem a não desenvolver ferramentas de geração de música por IA “que minem ou substituam a arte humana de compositores e artistas ou que nos neguem uma compensação justa pelo nosso trabalho”.
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