Inteligência artificial dá “match” entre animais desaparecidos e tutores no RS
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10/05/202424/11/2020
Por redação AIoT Brasil, em Portugal
Se não fossem os recursos digitais, as videoconferências e o teletrabalho, quase todas as atividades da Justiça teriam sido paralisadas nos meses em que a pandemia de covid-19 impôs o isolamento social. Essa foi uma das observações feitas pela secretária de Estado da Justiça de Portugal, Anabela Pedroso, no painel “Inovação da Justiça” do Think Digital Summit, promovido pela IBM em novembro, online, a partir de Lisboa.
O evento abordou o impacto da tecnologia na superação da crise provocada pelo coronavírus, com destaque para inteligência artificial, internet das coisas e big data, e projetou as soluções que podem ser utilizadas na recuperação da economia. De acordo com Anabela Pedroso, foram esses recursos que permitiram a continuidade dos julgamentos e das inquirições de testemunhas, assim como o registro de nascimentos online, desenvolvido em apenas oito dias, e várias outras tarefas da Justiça. “A tecnologia foi a peça fundamental para não pararmos”, disse a secretária – cargo equivalente, no Brasil, ao de ministro da Justiça.
Em relação à inteligência artificial, ela lembrou que a Justiça ainda está utilizando apenas uma parte ínfima de seu potencial e das possibilidades que o futuro reserva. “Já temos identificadas várias possibilidades de uso, como o reconhecimento de textos, imagens estáticas, vídeos e áudios, para coleta e autenticação de informações e, no sentido oposto, para ocultar informação confidencial, tema que estamos trabalhando atualmente com a IBM”, disse Pedroso.
Segundo a secretária, a inteligência artificial também poderá ser usada para otimizar análises balísticas e de projéteis, salvaguardar patentes e outras formas de propriedade intelectual e para a transcrição automática de atas de julgamentos e depoimentos de testemunhas. A integração de tecnologias poderá, igualmente, ajudar na classificação automática de informação, na análise preditiva de grandes quantidades de dados, na correlação de diferentes naturezas e fontes de informação e na pesquisa de jurisprudência, por meio da detecção de padrões.
Anabela Pedroso explicou que em Portugal os sistemas já implantados permitem que todos os tribunais pratiquem atos judiciais exclusivamente por meios eletrônicos e toda a atividade dos magistrados decorre essencialmente no plano digital: “Agora queremos evoluir para extrair conhecimento, detectar padrões e apresentar sugestões, sempre para melhorar a segurança, a eficiência e a conveniência dos utilizadores, que continuarão a ser os decisores”.
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