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Técnica com IA aperfeiçoa diagnóstico de câncer de mama

Estudo desenvolvido na Suécia com 80 mil mulheres detectou um aumento de 20% na precisão das mamografias de triagem

04/08/2023

Técnica com IA aperfeiçoa diagnóstico de câncer de mama
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Por redação AIoT Brasil

Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Lund, na Suécia, aplicou inteligência artificial em exames de câncer de mama e, além de registrar diagnósticos mais precisos, constatou também uma redução na carga de trabalho dos profissionais de saúde. Publicado na revista Lancet Oncology nesta semana, o estudo envolveu aproximadamente 80 mil mulheres que passaram por mamografia, divididas em dois grupos.

O primeiro foi acompanhado da forma convencional, por dois radiologistas independentes, e no segundo os cientistas utilizaram técnicas de IA, com o acompanhamento de apenas um especialista. Nesse último grupo, ocorreu um aumento de 20% no número de casos de câncer detectados – de seis por 1 mil pacientes rastreadas, enquanto na abordagem padrão a taxa foi de cinco por 1 mil.

Outro resultado significativo foi a redução de 44% no tempo de trabalho dos radiologistas e demais profissionais envolvidos nos exames, pois houve menos 36.886 leituras de tela no grupo em que se utilizou IA. Em relação a esse indicador, a pesquisadora Kristina Lang, autora principal do estudo observou: “O grande potencial da IA neste momento é a possibilidade de redução do estresse dos radiologistas, quando se considera a quantidade excessiva de análises que costumam fazer”.

Embora os resultados preliminares tenham sido promissores, os pesquisadores lembraram que ainda é cedo para afirmar que a inteligência artificial está totalmente pronta para ser utilizada em mamografias de triagem, pois ainda faltam avaliações mais aprofundadas, com prazo maior de observação. A intenção dos autores do estudo é fazer, daqui a dois anos, uma verificação da taxa de cânceres não diagnosticados e do estado de saúde das mulheres que participaram da pesquisa atual.

Em entrevista ao site da Universidade de Lund, Kristina Lang explicou: “O estudo foi realizado em um único local, em um ambiente sueco. Precisamos ver se esses resultados se sustentam em outras condições – por exemplo, com outros radiologistas ou com o uso de outros algoritmos de IA. Além disso, pode haver outras maneiras de usar IA no rastreamento mamográfico, que também devem ser investigadas em um ambiente prospectivo”.

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#cancer#câncer de mama#diagnóstico#inteligência artificial#mamografias#saúde

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