Por redação AIoT Brasil

A empresa F5 anunciou os resultados do estudo State of Application Strategy Finances Edition 2022, realizado a partir de entrevistas feitas no primeiro semestre de 2022 com 131 CIOs e CISOs de organizações financeiras globais, incluindo 16 líderes de instituições da América Latina. Os entrevistados trabalham em bancos, corretoras de valores e seguradoras com equipes que variam de 1.000 a 10.000 pessoas.

Em 2021, 29% dos entrevistados estavam repartindo ou planejando mover suas aplicações da nuvem pública ou híbrida para a nuvem privada. Em 2022, 75% dos pesquisados afirmaram que estão realizando essa operação. Além disso, 40% dos entrevistados disseram realizar “Lift and Shift” para a nuvem de suas plataformas de negócios. Esse cenário pode ser resultado da forte adoção da estratégia de “Lift and Shift” de aplicações legadas para a nuvem, sem passar pela fase de transformação dessas plataformas em aplicações modernas.

Segundo Roberto Ricossa, vice-presidente da F5 LATAM, uma das descobertas mais impactantes desse estudo é o crescimento, entre 2021 e 2022, de 168% no número de instituições que já estão repatriando ou planejando mover suas aplicações da nuvem pública ou híbrida para a nuvem privada.

“A pandemia acelerou na América Latina – especialmente no Brasil, México e Colômbia – a tendência de migrar aplicações para a nuvem pública. Acontece, agora, um movimento pendular, com os gestores buscando um ponto de equilíbrio entre a nuvem pública e a privada”, disse Ricossa.

Outro resultado notável é o uso de soluções de inteligência artificial (IA) e machine learning (ML), já que 94% dos líderes consultados afirmaram já usar soluções AI/ML ou planejam fazer isso em breve. Sem soluções antifraude com recursos de IA e ML, os bancos têm uma visão limitada do que realmente está acontecendo em seu ambiente e o que está causando problemas para seus clientes.

O relatório da F5 também mostra que 98% dos gestores entrevistados reconhecem que não contam com os insights necessários para ter uma visão analítica sobre o que se passa em seu ambiente. Essa situação pode levar a confusões, como imaginar que um ataque é um problema de performance. “Pessoas estão sendo alvo de Account Takeovers, tendo suas identidades roubadas numa série de fraudes baseadas em dados vazados, tecnologias de IA e ML e em engenharia social”, afirma Ricossa.

A busca por oferecer a melhor UX ao cliente final, seja uma pessoa ou uma empresa, tem levado 99% dessas organizações a priorizarem o uso de IA e ML em aplicações das áreas de marketing, finanças e RH. Nessa resposta de múltipla escolha, 86% afirmaram já usar ou que planejam implementar IA e ML em aplicações de segurança cibernética.