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Quase 60% dos decisores de TI no Brasil estão sendo “forçados” a trabalhar com IA

É o que mostra o estudo Enterprise Cloud Index, divulgado hoje pela Nutanix, que ouviu 1.500 líderes da área de tecnologia e engenharia de plataformas de vários países

20/03/2025

Quase 60% dos decisores de TI no Brasil estão sendo “forçados” a trabalhar com IA
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Por Daniel dos Santos

O Brasil é o país no qual há mais profissionais de TI sendo “forçados” a assumir papéis relacionados à inteligência artificial. A informação faz parte da pesquisa Enterprise Cloud Index, divulgada hoje pela empresa de software em nuvem Nutanix. Segundo o levantamento, 59% dos profissionais brasileiros afirmam estar nessa situação, taxa significativamente maior do que a média global (37%) e da região das Américas (44%).

“Antes, vimos uma corrida para nuvem, depois seu retorno para instalações proprietárias e, uma certa estabilização, com o mercado de TI brasileiro sempre muito bem-posicionado em sua maturidade. Agora vemos a chegada da IA Generativa causando uma revolução nos campos da infraestrutura, segurança e capacitação profissional”, destaca Leonel Oliveira, diretor-geral da Nutanix no Brasil.

Segundo a empresa, a alta proporção de entrevistados brasileiros dizendo que estão sendo forçados a assumir uma função de IA indica que muitas organizações previram que seria uma lacuna de habilidades e tentaram mitigar esse desafio requalificando os funcionários existentes em vez de contratar novos.

A atualização de conhecimento e capacitação dos funcionários pode ser mais rápida e eficiente do que contratar e treinar novos funcionários, resultando em um saldo positivo aos tomadores de decisão no Brasil em relação à adoção de habilidades relacionadas à GenAI em suas organizações.

A pesquisa confirma que as empresas brasileiras adotam a inteligência artificial generativa, mas restrições de orçamento e retorno no investimento atrasam a implementação. Embora 100% das empresas entrevistadas no país possuam uma estratégia de GenAI, apenas 50% já estão em processo de implementação, enquanto 42% afirmam que ainda não iniciaram a implementação — uma diferença de 10 pontos percentuais, uma vez que a média global é de 32%.

A pesquisa indica que essa menor taxa de implementação da estratégia de GenAI entre os entrevistados do Brasil pode estar relacionada ao fato de que os tomadores de decisão do país estão lidando com uma série de desafios de implantação, que vão desde escassez de habilidades até preocupações com privacidade de dados.

Os entrevistados destacam os seguintes desafios:

● O desafio n° 1 das empresas brasileiras quando se trata da utilização da GenAI são as preocupações com privacidade e segurança (55%) do uso de LLMs (Large Language Models) com dados confidenciais da empresa.
● O segundo é a complexidade e a falta de experiência necessária (31%) para construir ambientes GenAI do zero.
● Para 94% dos entrevistados do Brasil, a GenAI está mudando as prioridades de suas organizações, com segurança e privacidade sendo uma preocupação primária.
● Já 70% dos entrevistados do Brasil acreditam que dimensionar as cargas de trabalho da GenAI do desenvolvimento para a produção será um desafio, dada a infraestrutura de TI existente.
● E 75% dos brasileiros ouvidos simplesmente acreditam que a adoção da GenAI será um desafio para suas organizações, número maior do que a média global de 68%.

A pesquisa foi conduzida no segundo semestre de 2024 pela Vanson Bourne e incluiu 1.500 decisores de TI e engenharia de plataformas em diversas indústrias e regiões globais. No Brasil, foram entrevistados 100 profissionais.

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