Por redação AIoT Brasil

Com 16,9 milhões de unidades entregues no quarto trimestre de 2024, a multinacional de tecnologia chinesa Lenovo liderou a produção de PCs entre as principais marcas mundiais, à frente da HP (13,7 milhões), da Dell (9,97 milhões), da Apple (6,2 milhões), da Asus (4,7 milhões) e da Acer (4,1 milhões), e os demais fabricantes totalizaram 8,5 milhões de unidades. Na soma geral, houve um aumento de 1,4% nas remessas do período e de 1,3% no ano, com 245,3 milhões de unidades, depois de cinco trimestres consecutivos de crescimento sustentado.

Esses dados foram revelados por um estudo elaborado pela consultoria internacional Gartner, que destaca os “sinais de recuperação modesta do mercado de PCs, enquanto os preços dos computadores com inteligência artificial limitam sua adoção”. Ranjit Atwal, diretor sênior do Gartner, disse que, para os consumidores, o custo elevado dos PCs com IA foi um fator desestimulante, enquanto as incertezas econômicas em algumas regiões, como China e partes da Europa, continuaram a sufocar a demanda.

Em relação às expectativas para este ano, Atwal comentou: “Esperamos que a demanda por PCs aumente e que o mercado apresente um crescimento sólido em 2025, refletindo o atraso na demanda de atualização de PCs com Windows 11 e o crescente valor para os negócios dos PCs com IA à medida que os casos de uso amadureçam”.

Entre os fabricantes, a Lenovo continuou a crescer pelo quinto trimestre consecutivo, registrando um aumento de 4,2% ano a ano, na média, com destaque para as vendas no Japão e nas Américas. A HP teve um trimestre mais fraco, depois de cinco trimestres consecutivos de crescimento, mas manteve o primeiro lugar no mercado norte-americano, com 26,1% de participação, seguindo-se a Dell, com 21,8%.

De acordo com o Gartner, a baixa demanda na China se manteve como o principal fator para a queda no crescimento de PCs na região Ásia-Pacífico, com queda de 12% ano a ano. “O restante da região Ásia-Pacífico, incluindo o Japão, teve um desempenho muito melhor no quarto trimestre de 2024, com as empresas buscando utilizar seu orçamento de fim de ano e as vendas promocionais de PCs para consumidores na temporada de festas. No geral, para a região, os desktops apresentaram queda, enquanto as remessas de notebooks ficaram estáveis ano a ano”, destacou o relatório.

Na região conhecida como EMEA (Europa, Oriente Médio e África), depois de dois trimestres de crescimento, houve uma retração de 1,6% na comparação com o mesmo período de 2023.

Quanto ao crescimento global de 1,3% nas remessas de 2024, Ranjit Atwal resumiu: “Essa foi uma grande conquista para os fornecedores de PCs, considerando que o volume anual do mercado caiu 100 milhões de unidades em relação aos 340 milhões no ano de pico de crescimento, em 2021, e 40 milhões de unidades em relação ao período pré-pandemia”.