Por redação AIoT Brasil

Lançado em 18 de setembro para os clientes dos Estados Unidos, da Índia e do Reino Unido, o novo assistente de compra conversacional da Amazon, Rufus incorpora IA generativa, responde às perguntas dos usuários e faz recomendações de produtos do catálogo da empresa. Em 29 de outubro, o recurso de IA generativa chegou à Alemanha, à França, à Itália e à Espanha em versão beta, com a promessa de que ficará disponível “progressivamente para os usuários nas próximas semanas”.

Como acontece sempre que um assistente de IA é apresentado ao mercado, logo surgiram explicações a respeito do seu nome de batismo, e a versão mais aceita era a de que Rufus se refere à maneira como as pessoas de cabelos ruivos eram chamadas na Roma antiga. No Reino Unido, o prenome Rufus também carrega um ar de nobreza, mas a própria Amazon se encarregou de esclarecer o mistério: a escolha foi, simplesmente, uma homenagem a um cachorro que era levado para o escritório, por volta de 1996, quando a big tech tinha apenas 20 funcionários.

O Rufus chega exatamente no momento que se completam dez anos do lançamento da primeira IA da Amazon, a Alexa (aparentemente, uma referência à antiga Biblioteca de Alexandria, no Egito), e alguns veículos aproveitaram a coincidência para lembrar alguns dos nomes que batizaram este e outros assistentes. Em uma matéria bem-humorada, a BBC, por exemplo, falou dos apelidos “estranhos e obscuros”, com o Gemini, do Google, que originalmente era chamado de Titan, trocado pela equipe da DeepMind para indicar a colaboração que ocorreu entre as duas empresas no desenvolvimento do projeto – Gemini, ou “gêmeos”, em latim, também indica dupla personalidade.

Por sua vez, Siri foi batizada por Dag Kittlaus, cofundador da empresa que tinha esse mesmo nome antes de ser vendida à Apple, responsável pelo desenvolvimento do software ativado por voz. Em norueguês, Siri significa “mulher bonita que te leva à vitória”, e foi uma homenagem a uma colega de Kittlaus.

De acordo com a BBC, o cão Rufus pertencia ao casal Susan e Eric Benson, que começaram a trabalhar juntos na Amazon dois anos depois da fundação da startup. Obrigados a ficar longas horas na empresa, que se preparava para abrir o capital, os Benson começaram a levar o cachorro deles para o escritório. “Não demorou muito para que o corgi se integrasse ao dia de trabalho: perseguindo bolas de tênis nos corredores, implorando por guloseimas, dormindo em reuniões sob as mesas e usando sua pata (com uma pequena ajuda humana) para lançar recursos no site. Isso incluiu o algoritmo que recomenda livros com base no que outros leram”, disse a matéria da rede britânica.

A BBC informou ainda que Rufus viveu “até a idade avançada de 15 anos e ajudou a iniciar a cultura dog-friendly na Amazon”, que permite que os funcionários levem seus animais de estimação para o trabalho. “Hoje, a Amazon tem mais de 10 mil cães registrados como ‘trabalhadores’. As comodidades populares nos escritórios ao redor do mundo incluem parques para cães, petiscos ilimitados e locais de encontro com amigos peludos”, acrescentou o texto.

Como um toque final, Martina Paris, a jornalista que escreveu a matéria da BBC, pediu à IA Rufus que desse mais informações a respeito dos cachorros. Entre outras características, Rufus relacionou: “Os cães são leais, amigáveis e ótimos companheiros. Eles exigem cuidados adequados, incluindo exercícios regulares e exames veterinários. Em troca, fornecem amor incondicional e podem até mesmo melhorar a saúde física e mental dos seus donos. Seja como um animal de estimação da família, seja no trabalho, os cães têm sido parte integrante da sociedade humana por milhares de anos”.