O mundo corporativo sob a ótica da inteligência artificial
A incorporação da IA é mais do que uma mudança tecnológica, ela significa uma transformação completa da empresa. Mas de nada adianta seguir a "trend" se ela não for eficiente para o seu negócio
16/02/2024
Por Roque Almeida*
A inteligência artificial (IA) foi a grande protagonista de 2023. A tecnologia, que já era promissora há alguns anos, finalmente se tornou acessível e viável para um número maior de organizações. Impulsionou, inclusive, o surgimento de novas empresas, as startups de IA generativa – cinco delas se tornaram unicórnios, ou seja, atingiram uma avaliação de mercado de 1 bilhão de dólares.
Assim vimos, também, a relação entre cultura organizacional e IA tornar-se um ponto central nas discussões corporativas, porque a incorporação da inteligência artificial é mais do que uma mudança tecnológica, ela significa uma transformação completa da empresa.
Isso não quer dizer que a IA seja uma ameaça aos empregos humanos (um receio frequente nas conversas entre colegas de trabalho). Pelo contrário, ela é capaz de absorver as tarefas operacionais enquanto o colaborador assume as tarefas estratégicas. Você já pode acalmar sua equipe.
A IA deve ser encarada como uma aliada do negócio. Pensando nas atividades que a tecnologia pode assumir, devemos, ao mesmo tempo, reavaliar nosso próprio trabalho e o que podemos fazer para desenvolver nossas habilidades humanas que estão aquém das máquinas: a gentileza, a colaboração e a empatia com os colegas; a criatividade que é alimentada por livros, filmes, cursos, workshops e novas experiências; a compreensão moral de uma situação para a tomada de decisão ética; e tantas outras.
Mas como implementar a IA na organização? Essa é a principal dúvida dos executivos que não têm experiência na área de tecnologia. Primeiro é preciso entender se e onde a IA pode ser aplicada para otimizar os processos da empresa. Uma consultoria empresarial pode ajudar nesse momento, mapeando e identificando onde a IA poderia entrar, e avaliando se a melhor solução seria a criação de uma IA ou o uso de uma pré-desenvolvida.
Atenção: de nada adianta seguir a “trend” se ela não for eficiente para o seu negócio. Na área de atendimento ao cliente, por exemplo, temos visto chatbots que mais criam problemas do que solucionam. Se você não tem orçamento para investir em um bom chatbot, é melhor não tê-lo, simples assim. Mantenha o atendimento 100% humano, com diretrizes e horários bem estabelecidos, e terá melhores resultados.
Para quem pode investir, nossa conversa é sobre educação e treinamento: preparar os colaboradores para usar a solução de IA é essencial para garantir sua eficácia e seu máximo aproveitamento. Veja a IA na sua empresa como um diretor de aprimoramento de processos. Ele é seu executivo que direciona a sua maior eficiência já que te ajuda a fazer muitas coisas de maneira melhor e com menos passos.
Mas para fazer isso funcionar voltamos à questão da reavaliação do papel humano na empresa: sua equipe precisa usar a IA para ter condições de deixar surgir ideias inovadoras de novos produtos e serviços, transições de carreira focadas no potencial e na motivação de cada colaborador e equipes melhor integradas.
Evidentemente, podemos esperar mais avanços tecnológicos em 2024. Para o mundo corporativo, a grande diferença será, sempre, o fato humano que está integrado a ela. Considerando que ninguém está preparado, pergunto: seu time está ao menos se preparando para esses avanços tecnológicos? Se sim, boa notícia. Se não, comece agora!
* Roque Almeida é CEO da matter&Co., um ecossistema de inteligência de negócios
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#avanços tecnológicos#chatbots#IA generativa#inteligencia artificial IA#trend
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