A indústria de dados virou a chave – você virou junto?
Agentes inteligentes estão assumindo o controle, mas ainda há empresas presas a dados imaturos e decisões desinformadas
07/08/2025Por Marcelo Ciasca01/08/2025Por João Carlos de Oliveira
A indústria brasileira atravessa um momento desafiador e, ao mesmo tempo, cheio de oportunidades. Com mercados cada vez mais complexos, economia instável e consumidores mais exigentes, operar com eficiência deixou de ser apenas uma vantagem competitiva. Hoje, é questão de sobrevivência. Nesse novo cenário, a transformação digital das cadeias de suprimentos ganha destaque, com os dados assumindo o papel de ativo estratégico das empresas.
Historicamente, as cadeias produtivas no Brasil enfrentaram obstáculos conhecidos: impostos altos, problemas na infraestrutura, burocracia e processos pouco eficientes. Mas esse cenário vem mudando. Com o avanço de tecnologias como inteligência artificial, machine learning e internet das coisas, começa a surgir uma nova forma de operar — mais inteligente, conectada e, principalmente, em tempo real. Agora é necessário que os sistemas atuem de forma mais inteligente, conectada e orientada por dados, sem seguir um modelo linear, manual e reativo. A lógica atual é de operação contínua, preditiva e colaborativa.
Agora, os dados circulam instantaneamente e ajudam as empresas a tomarem decisões mais rápidas e precisas. Isso permite, por exemplo, prever falhas, otimizar estoques, reorganizar rotas logísticas e ajustar a produção conforme a demanda muda, tornando a operação mais eficiente.
A chamada Indústria 4.0 já é realidade. Fábricas estão cada vez mais equipadas com sensores, sistemas integrados e plataformas de análise de dados. No setor automotivo, grandes montadoras já conectam fornecedores e distribuidores em redes digitais com total visibilidade da cadeia. Na indústria de alimentos e bebidas, o uso de dados em tempo real ajuda a evitar perdas, reduzir desperdícios e garantir a rastreabilidade, uma demanda cada vez maior de consumidores e órgãos reguladores.
Mas para que tudo isso funcione de verdade, é preciso integração. Os dados só geram valor quando são compartilhados com segurança e de forma padronizada entre todos os envolvidos: empresas, fornecedores, operadores logísticos e canais de venda. Isso exige investimento em interoperabilidade, governança da informação e, acima de tudo, confiança entre os parceiros da cadeia.
O Brasil tem uma oportunidade real de fortalecer sua posição no cenário global. Contamos com talentos, capacidade produtiva e um mercado interno robusto. Mas, para competir em um mundo cada vez mais orientado por dados, é preciso acelerar a digitalização, investir em infraestrutura tecnológica e criar políticas que incentivem essa transformação. O futuro da indústria brasileira depende de inteligência em tempo real e esse futuro já começou.
João Carlos de Oliveira é presidente da Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil
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