A indústria de dados virou a chave – você virou junto?
Agentes inteligentes estão assumindo o controle, mas ainda há empresas presas a dados imaturos e decisões desinformadas
07/08/2025Por Marcelo Ciasca20/08/2025Por Marcio Aguiar
Tecnologia e inovação são temas mais presentes do que nunca em nosso cotidiano: seja quando interagimos com uma assistente de voz, como a Alexa, ou simplesmente quando desfrutamos da fluidez de um jogo online. No entanto, o que a maioria das pessoas não percebe é que, por trás dessas experiências, há uma complexa e poderosa infraestrutura de os data centers, que operam incessantemente e sem fazer alarde. No coração desses centros de dados, uma tecnologia se destaca pela eficácia e discrição: a GPU (Unidade de Processamento Gráfico).
Ao longo do tempo, as GPUs evoluíram e se tornaram o verdadeiro motor de tecnologias avançadas. Para o público em geral, este recurso permanece invisível, embora seja essencial e dependa de uma série de insumos para funcionar de forma eficaz. De acordo com um relatório produzido pela Eaton neste ano, a demanda de eletricidade de data centers nos EUA deve quase dobrar até 2028, impulsionada principalmente pela computação acelerada com GPUs, o que sugere a necessidade de um cenário de infraestrutura cada vez mais robusto e eficiente para suportar o processamento de dados no país.
As pessoas utilizam dispositivos móveis, interagem com ferramentas de inteligência artificial ou assistem a filmes em alta resolução enquanto o processamento acontece em algum lugar remoto, sem que percebam a existência da GPU, dos data centers ou da infraestrutura em nuvem que os conecta. Essas GPUs funcionam integradas a uma rede de serviços em nuvem que armazenam dados, treinam modelos de IA e garantem que resultados complexos cheguem aos usuários em frações de segundo.
Essa “invisibilidade” não se dá por mágica, mas porque a tecnologia não se manifesta diretamente no dispositivo do usuário. A assistente de voz, por exemplo, não processa o comando localmente: as informações são enviadas para data centers, onde servidores equipados com GPUs decifram a solicitação, analisam dados e devolvem a resposta em poucos instantes. Além do hardware, softwares especializados e frameworks de inteligência artificial estruturam o trabalho das GPUs, transformando dados brutos em respostas inteligentes e aplicações práticas.
Para que a experiência do usuário atinja níveis expressivos de excelência, é fundamental que a conexão entre o dispositivo na borda (celular, smart TV ou outro aparelho) e o data center no núcleo esteja em bom nível de desempenho. Os aparelhos coletam informações por meio de voz, clique ou demais comandos, mas o processamento e o treinamento dos modelos de IA ocorrem em data centers, apoiados por serviços em nuvem e plataformas de software que orquestram o fluxo de dados e tarefas.
Por isso, o aumento no uso de dispositivos inteligentes e a demanda por serviços cada vez mais sofisticados fazem com que os data centers tenham protagonismo crescente no desempenho tecnológico. Sempre que há um dispositivo inteligente na ponta, interagindo com a IA, há um data center por trás. E se há um data center processando IA, há GPUs, softwares especializados e serviços de nuvem garantindo a velocidade e a capacidade necessárias para transformar dados em soluções.
O futuro da inovação não se resume apenas a aplicativos e dispositivos sofisticados ou rápidos, mas ao aperfeiçoamento constante do poder de processamento que opera nos bastidores, silenciosamente. Esse ecossistema invisível — GPUs, serviços em nuvem e softwares de IA — move o mundo, tornando aquilo que parecia impossível há alguns anos em algo cada vez mais real e próximo das nossas atividades cotidianas.
Marcio Aguiar é diretor da divisão Enterprise da Nvidia para América Latina
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