*Imagem: Divulgação Nvidia

Por redação AIoT Brasil

A Nvidia acaba de anunciar o lançamento do Cosmos, uma plataforma que incorpora World Foundation Models (WFMs) generativos de última geração, tokenizadores e um pipeline de processamento de vídeo acelerado para promover o desenvolvimento de sistemas de IA física, entre os quais veículos autônomos e robôs humanoides para fins gerais. Empresas automotivas e de robótica como 1X, Agile Robots, Agility, Figure AI, Foretellix, Fourier, Galbot, Hillbot, IntBot, Neura Robotics, Skild AI, Virtual Incision, Waabi e XPENG, assim como a Uber, estão entre as primeiras a adotar o Cosmos.

De acordo com a Nvidia, a plataforma é dirigida a desenvolvedores, que poderão criar modelos personalizados por meio do ajuste fino dos WFMs Cosmos. “O desenvolvimento de modelos de IA física é caro e exige grandes quantidades de dados e testes no mundo real. Os WFMs oferecem aos desenvolvedores uma maneira fácil de gerar grandes quantidades de dados sintéticos fotorrealistas baseados em física para treinar e avaliar seus modelos”, disse a empresa.

Os Cosmos estarão disponíveis sob licença de modelo aberto, e os desenvolvedores podem ver os primeiros no catálogo de APIs da Nvidia ou baixar a família de modelos e a estrutura de ajuste fino no catálogo NGC ou no Hugging Face.

Jensen Huang, fundador e CEO da Nvidia, disse que o Cosmos foi criado para democratizar a IA física e colocar a robótica geral ao alcance de todos os desenvolvedores: “O momento do ChatGPT para a robótica está chegando. Assim como os grandes modelos de linguagem (LLMs), os World Foundation Models são fundamentais para o avanço do desenvolvimento de robôs e veículos autônomos, mas nem todos os desenvolvedores têm a experiência e os recursos para treinarem os seus próprios modelos. Para isso criamos o Cosmos”, acrescentou.

Huang destacou que os modelos Cosmos podem ser usados para pesquisa e compreensão de vídeos, geração de dados sintéticos fotorrealistas e baseados em física, desenvolvimento e avaliação de modelos de IA física e previsão e simulação de multiverso, entre outras aplicações.

Omniverse com IA física generativa
A Nvidia também anunciou o lançamento da Blueprints e modelos de IA generativa que expandem a integração do Omniverse com aplicações de IA física. Jensen Huang explicou: “A IA física vai revolucionar os setores de manufatura e logística, que valem US$ 50 trilhões. Tudo o que se move – de carros e caminhões a fábricas e depósitos – será robótico e incorporado pela IA. E o sistema operacional de gêmeos digitais do Omniverse e a IA física do Cosmos servirão como as bibliotecas fundamentais para a digitalização das indústrias físicas do mundo”.

Segundo a Nvidia, combinado com os modelos Cosmos, o Omniverse cria um mecanismo de multiplicação de dados sintéticos, permitindo que os desenvolvedores gerem quantidades enormes de dados fotorrealistas e controláveis: “Os desenvolvedores podem compor cenários em 3D no Omniverse e renderizar imagens ou vídeos como saídas, que podem ser usados com prompts de texto para condicionar modelos Cosmos a gerarem incontáveis ambientes virtuais sintéticos para treinamento da IA física”.