Nutanix une IA e cloud para impulsionar infraestrutura digital das empresas
Fusão cria ecossistemas autônomos, preditivos e sustentáveis, com novo paradigma de eficiência e acelera adoção de IA
31/10/2025

Por Solange Calvo
Há pouco mais de uma década, a computação em nuvem já representava uma revolução. Democratizou o acesso à infraestrutura de TI, eliminou barreiras físicas e acelerou a escalabilidade dos negócios. Hoje, com a incorporação da Inteligência Artificial (IA), a nuvem não apenas armazena dados, ela os interpreta e age sobre eles.
Em encontro realizado com jornalistas e clientes nesta semana, a Nutanix, empresa de computação multicloud híbrida, deixou claro o foco na aceleração da adoção de IA, com o diferencial de dar destaque à soberania de dados neste modelo de evolução. “Mas com total simplicidade operacional”, garantiu Leonel Oliveira, diretor-geral da Nutanix no Brasil (foto).
O executivo revelou que o objetivo da companhia é colocar a IA no centro das operações das empresas para facilitar o desenho de arquiteturas alinhadas aos objetivos de negócio, que incluam, por exemplo, um modelo híbrido, com governança, com total liberdade de escolha e de integrações nativas com ecossistema Nvidia.
A migração para um modelo que antecipe o futuro que já bate à porta do mercado é uma decisão assertiva, mas também complexa. Por isso a preocupação da Nutanix em proporcionar um controle altamente qualificado dos dados, que possibilite localizá-los, identificar políticas que regem cada etapa, entre outros recursos estratégicos.
“Em setores regulados e no setor público, isso significa soberania dos dados, opção de rodar tudo on-premises, em nuvens privadas ou em arquiteturas híbridas. Tudo isso sem abrir mão do desempenho ou da integração com GPUs e frameworks líderes do mercado”, ressaltou o diretor-geral.
Desafio de tornar seguros dados no setor público com IA
Presentes ao evento estavam os clientes Nutanix Marco Antônio Azevedo, coordenador de Projetos de TI (TCE-MT); Geovanna Ribeiro de Oliveira, analista de Requisitos e Conformidade (TCE-MT); Lucas Menezes, IT Infrastructure Engineer (SEFAZ-AC); e Rafael Castro, Information Security Analyst (SEFAZ-AC).
Eles trouxeram a preocupação de garantir a evolução tecnológica com IA para atender com mais eficiência e velocidade aos cidadãos brasileiros e ao mesmo tempo com maior segurança. Estão cientes de que a integração de IA com Computação em Nuvem no setor público traz um grande potencial transformador, contudo também gera receios legítimos e delicados.
Todos foram unânimes em destacar entre os principais receios governança, ética e privacidade. Isso porque o uso da IA em decisões públicas exige transparência, explicabilidade, controle para evitar discriminação ou viés. Além de um ponto extremamente delicado como a segurança e soberania dos dados: onde eles estão armazenados? Quem os processa? Para o setor público, a localização dos dados, a jurisdição e a dependência de provedores externos são questões críticas.
A possibilidade de controle de acesso, formação de nuvem privada, arquitetura on-premises, com autonomia, segurança, governança e flexibilidade, com apoio do suporte Nutanix, levaram esses clientes de um setor crítico a modernizarem suas operações com IA, por meio da solução Nutanix.
Afinal, essa evolução traz desafios, eles reiteraram. A ampliação da automação, de acordo com os clientes, exige governança de dados, transparência e responsabilidade algorítmica. Questões éticas, como viés, rastreabilidade e proteção de dados sensíveis tornam-se centrais. Qual é o segredo da plataforma Nutanix nessa corda-bamba?
Plataforma no front
A combinação entre IA e nuvem permite que empresas operem em modelos dinâmicos, baseados em dados, automação e aprendizado contínuo. Dessa forma, abre caminho para uma nova economia da eficiência e da previsibilidade, defenderam, de forma geral, executivos da companhia, presentes: Leandro Lopes, diretor sênior de Engenharia América Latina da Nutanix; e Marlon Menezes, especialista de IA, engenheiro de sistemas da Nutanix.
Nesse cenário frenético, mas ainda em desenvolvimento, a Nutanix tira da cartola, frente à concorrência, a “Nutanix Enterprise AI (NAI)”, para habilitar IA, “sem complicações”, assegurou o comandante da unidade brasileira. Mas a que veio a NAI? Trata-se de uma plataforma que permite selecionar, implementar e gerenciar LLMs com APIs seguras, monitoramento e telemetria. Essas funcionalidades possibilitam aos times de TI transformarem recursos de infraestrutura com facilidade em ferramentas de IA.
A chave da NAI está em simplificar a adoção de IA corporativa, proporcionando experiências unificadas aos times de TI, prossegue Oliveira. E isso vai desde o provisionamento de GPUs e Kubernets até os endpoints e modelos de proteção. O que isso significa? É que cada organização vai poder definir onde executar suas cargas de trabalho: on-premises? Em nuvem? Em ambientes híbridos?
Fato é que essa fusão de tecnologias proposta pela Nutanix redefine modelos de negócio. A antiga lógica de capacidade contratada dá lugar ao conceito de inteligência sob demanda. Empresas pagam não apenas pelo uso da infraestrutura, mas pelo valor das decisões que ela é capaz de gerar. O ROI da nuvem deixa de ser medido por redução de custos e passa a refletir velocidade de inovação, qualidade dos insights e sustentabilidade operacional.
O futuro parece apontar para a nuvem cognitiva, onde algoritmos assumem papel de agentes autônomos de negócios, capazes de criar relatórios, otimizar processos e até negociar contratos digitais. Nesse cenário, o maior diferencial não será a tecnologia pura, mas a capacidade humana de interpretá-la, direcioná-la e educá-la.
E ainda também parece que foi ontem que a nuvem era sinônimo de infraestrutura, escalabilidade e redução de custos. Hoje, a evolução aponta para classificá-la como sinônimo de inteligência, autonomia e estratégia. É o que trouxe e garantiu a Nutanix nesse encontro.