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Novos radares em SP usam IA para monitorar o comportamento do motorista

Por meio da IA é possível identificar tendências no comportamento de motoristas e prever situações de risco, como pontos de alta probabilidade de acidentes

11/02/2025

Novos radares em SP usam IA para monitorar o comportamento do motorista
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Por redação AIoT Brasil 

Cerca de 6 milhões de veículos circulam pelas vias da capital paulista todos os dias, somados a 1,9 milhão de passageiros que utilizam ônibus em dias normais, segundo dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Para lidar com essa complexidade, São Paulo está implementando uma nova geração de radares que utilizam tecnologias de ponta com o objetivo de tornar o tráfego urbano mais seguro e eficiente. A meta não é só coibir infrações, mas também melhorar a gestão do fluxo de veículos por meio de soluções de monitoramento e Inteligência Artificial (IA).

“Os novos equipamentos, instalados em pontos estratégicos da metrópole, apresentam funcionalidades muito mais amplas do que os tradicionais”, afirma o especialista Álvaro Sakae (à esquerda), responsável por transportes e smart parking da empresa Hikvision. Dotados de sensores sofisticados, câmeras de alta definição e programas de reconhecimento automático de placas, os dispositivos podem identificar diversas infrações em tempo real.

Além de monitorar velocidades, eles detectam avanço de sinal vermelho, uso indevido de faixas exclusivas para ônibus e ciclovias, e o não uso do cinto de segurança. Alguns modelos ainda conseguem capturar infrações mais complexas, como o uso de celulares ao volante, por meio de algoritmos que analisam o comportamento dos motoristas.

Os novos radares também se destacam pela capacidade de gerar informações em tempo real, que podem ser utilizadas para otimizar a gestão do tráfego. Os dispositivos fornecem detalhes sobre o fluxo viário, permitindo que as autoridades identifiquem padrões de congestionamento e implementem soluções de forma proativa. Em situações de emergência, como acidentes, eles podem ajudar a redirecionar o tráfego para rotas alternativas, reduzindo os impactos para a população.

Outro detalhe interessante é a capacidade de análise preditiva desses sistemas. “Por meio da IA é possível identificar tendências no comportamento de motoristas e prever situações de risco, como pontos de alta probabilidade de acidentes”, destaca Sakae. Essas informações podem embasar decisões para ajustes na infraestrutura urbana e campanhas de conscientização.

A modernização da fiscalização de trânsito tem como principal objetivo reduzir acidentes e garantir maior segurança para motoristas e pedestres. Em São Paulo, espera-se que a adoção dessas tecnologias contribua para a diminuição do número de acidentes e para a aplicação de penalidades mais justas. Além disso, as informações coletadas pelos equipamentos podem auxiliar no planejamento de longo prazo, fornecendo subsídios para melhorias na infraestrutura viária e para a expansão de faixas exclusivas ou ciclovias, por exemplo. A integração dos sistemas com centros de controle de tráfego também permite uma visão abrangente do fluxo de veículos, facilitando intervenções imediatas.

Apesar dos avanços, a implementação desse tipo de equipamento traz desafios importantes. Questões como a privacidade dos motoristas e o uso ético do que é coletado são pontos sensíveis e que exigem atenção. A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) regula o uso de informações pessoais e estabelece normas que devem ser seguidas para garantir que a tecnologia seja utilizada de forma responsável. Há também a preocupação com os custos envolvidos na implantação e manutenção dos equipamentos, além da necessidade de treinamento especializado para que os agentes de trânsito saibam utilizar todo o potencial dos novos sistemas.

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#AI#IA#LGPD#radar#smart cities#tráfego#trânsito

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