Por redação AIoT Brasil

Aberta oficialmente no dia 5 de março com o Grande Prêmio do Bahrein, vencido pelo atual campeão Max Verstappen, a temporada de 2023 da Fórmula 1 promete muitas novidades tecnológicas tanto nos sistemas dos carros como nas transmissões das corridas pela TV.

A Red Bull, por exemplo, equipe de Verstappen, assinou um contrato com a empresa de tecnologia norte-americana Oracle para a utilização de inteligência artificial e aprendizado de máquina no desenvolvimento de seus modelos e na análise dos dados coletados nos treinos e nas corridas.

Investimento semelhante em IA está sendo feito pela equipe inglesa McLaren, que já vinha utilizando softwares avançados de monitoramento, em parceria com a Splunk, para testar novas tecnologias em ambientes virtuais, o que elimina os riscos para os pilotos.

]A própria Federação Internacional de Automobilismo (FIA), que controla a Fórmula 1, anunciou no início de março uma parceria com a empresa de IA Arwuen em busca de ferramentas capazes de combater fake news e comentários tóxicos relacionados às provas e publicados em sites e redes sociais.

Contudo, é mesmo nas transmissões de TV que as novidades tecnológicas se tornam mais visíveis, graças aos novos recursos adotados pela FIA, que detém direitos exclusivos de gravação das corridas da F1 e de divulgação em todo o mundo. Para começar, a FIA modernizou seu núcleo de produção em Biggin Hill, no Reino Unido, a fim de incorporar ferramentas de IA nos replays e adicionar soluções de realidade aumentada, na tentativa de prender a atenção dos fãs.

Uma das inovações são as câmeras superlentas com IA, cada uma avaliada em quase R$ 3 milhões, para oferecer aos espectadores uma visão adicional das situações mais emocionantes das provas – quando há um acidente ou uma ultrapassagem difícil, por exemplo. Esse equipamento faz a interpolação dos quadros e foi testado no ano passado no GP dos Estados Unidos, com bons resultados.

Em entrevista ao site norte-americano Motorsport, o diretor de transmissão e mídia da F1, Dean Locke, disse que as novas câmeras com IA serão usadas em todas as corridas de 2023: “É um sistema muito inteligente, que leva as transmissões ao vivo a um outro nível”.

No ano passado houve também um teste com drones como meio de obter melhores imagens aéreas, mas, segundo Locke, essas aeronaves “não são rápidas o suficiente” para a F1. “Drones são brilhantes para outros esportes e para aqueles que não podem pagar um helicóptero, mas nós somos ridiculamente rápidos. Acho que essa tecnologia chegará muito rapidamente às corridas, mas vamos aguardar até que atinja os padrões que exigimos”, afirmou.