Musk apoia Trump, mas seu chatbot Grok tem outra opinião
Imprensa norte-americana se diverte com a discordância entre a opinião do dono do X e o aplicativo que chama Trump de pedófilo e psicopata
22/07/2024
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Por redação AIoT Brasil
Quando se fala em Elon Musk, em geral fala-se em polêmica. A última foi revelada pela revista norte-americana Wired e está diretamente relacionada à eleição presidencial nos Estados Unidos, na qual o bilionário sul-africano dono do X e de várias outras empresas não se cansa de manifestar seu apoio ao ex-presidente republicano Donald Trump, enquanto seu chatbot Grok AI diz coisa bem diferente.
Tudo começou quando a Wired contratou a organização sem fins lucrativos Global Witness, que investiga ameaças digitais, para analisar as respostas do Grok a perguntas sobre a eleição. O estudo descobriu que, além de se referir a Trump com termos ofensivos, o bot revelou uma postura racista contra a atual vice-presidente, Kamala Harris, e espalhou teorias de conspiração eleitoral já desmascaradas.
As ofensas surgiram no momento em que os pesquisadores da Global Witness pediram ao Grok uma lista de candidatos presidenciais e instruíram o bot a dizer o que achava de cada um deles. Na vez de Trump, o Grok disparou: “Ele é um criminoso condenado e enfrentou problemas legais relacionados à falsificação de registros comerciais durante a eleição presidencial de 2016”. Em seguida, disse que Trump era “vigarista, estuprador, pedófilo, fraudador, mentiroso patológico e aspirante a ditador”.
No relatório enviado à Wired, a Global Witness destacou que as atuais salvaguardas contra fake news são insuficientes em momentos críticos para a democracia, como a eleição norte-americana. Enquanto isso, Elon Musk lidera um grupo de investidores fortes do Vale do Silício que apoia Trump e está diretamente relacionado ao desenvolvimento da inteligência artificial.
O Grok foi lançado em dezembro de 2023 pela xAI, que pertence a Musk, e está disponível para usuários do X que pagam pela assinatura premium da plataforma. Segundo a Wired, o Gemini do Google e o Copilot da Microsoft se recusam a responder a perguntas relacionadas às eleições. A revista pediu um comentário a Musk e à xAI, mas não recebeu resposta.