BYD e Huawei fazem parceria para equipar veículos autônomos
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20/09/202416/02/2024
Por Ricardo Marques da Silva
Em mais um capítulo na disputa entre pessoas e máquinas, a inteligência artificial acaba de sofrer um golpe em São Francisco, nos Estados Unidos: na noite do último sábado, 10 de fevereiro, um táxi autônomo da Waymo entrou em uma área que naquele momento seria evitada pelos motoristas e acabou sendo depredado e incendiado. O incidente ocorreu na zona conhecida como Chinatown, no centro da cidade californiana, em plena comemoração do Ano Novo Lunar.
Nesse período, multidões vão para as ruas, bloqueiam o trânsito e acendem fogos de artifício, e em geral quem circula de carro foge da região para não ter problemas. O robotáxi, porém, sem a capacidade de julgamento humano, seguiu a rota prevista pela IA e tentou passar pelo cruzamento da Jackson Street com a Grant Avenue, no coração da Chinatown. Em poucos instantes, o veículo, um modelo Jaguar SUV, foi cercado por um grupo de pessoas que o destruiu e jogou rojões em seu interior, o que causou o incêndio.
Em entrevista à Reuters, o prefeito de São Francisco, London Breed, classificou o incidente como “um perigoso e destrutivo ato de vandalismo” e destacou o papel da cidade como campo de testes para o desenvolvimento de carros autônomos. “Somos uma comunidade que abriga tecnologias emergentes e empolgantes, como veículos autônomos, que estão mudando o mundo”, disse.
Por sua vez, Aaron Peskin, presidente do Conselho de Supervisores de São Francisco, pediu mais regulamentação para o setor de veículos autônomos e lembrou: “A maioria dos motoristas da cidade sabe que deve evitar Chinatown durante os feriados do Ano Novo Lunar. Mas o computador não entende isso.”
Essa ressalva, segundo a Reuters, é o principal ponto de discussão no setor e destacou a capacidade limitada dos carros robóticos de avaliar situações inesperadas, além de revelar a hostilidade e a preocupação de algumas pessoas com esse tipo de tecnologia, relacionada à segurança de pedestres e passageiros, aos empregos que poderiam tirar dos motoristas profissionais e ao medo generalizado da IA.
Em outubro, um veículo autônomo da Cruise, que pertence à GM, havia atropelado e arrastado um pedestre por 6 metros e, logo depois, o estado da Califórnia suspendeu a licença de testes sem motorista da empresa. No início de fevereiro, um ciclista foi atingido por outro carro da Waymo, que é controlada pela Alphabet, empresa-mãe do Google.
À Reuters, Missy Cummings, diretora do Centro de Autonomia e Robótica da Universidade George Mason e ex-conselheira de regulamentação da segurança no trânsito dos EUA, observou: “Estamos vendo pessoas chegando a um ponto de ebulição por causa de tecnologias que não desejam e não tornam suas vidas melhores.”
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