Por redação AIoT Brasil

US$ 80 bilhões: esse é o valor que a Microsoft pretende investir no ano fiscal de 2025, principalmente na construção de datacenters habilitados para treinar modelos de IA e na implantação de aplicativos baseados em IA e nuvem “em todo o mundo”. Metade desse investimento deverá ocorrer nas instalações localizadas nos Estados Unidos, o que refletiria “o comprometimento com esse país e a confiança na economia norte-americana”, de acordo com comunicado assinado por Brad Smith, presidente da gigante da tecnologia.

De acordo com o executivo, a IA deve ser vista como uma tecnologia de propósito geral (GPT), pois envolve inovações que impulsionam a produtividade em vários setores, semelhantes à eletricidade ou aos chips de computador. “Em contraste com produtos de propósito único, as GPTs impulsionam a inovação e a produtividade em toda a economia. Áreas como siderurgia, eletricidade, ferramentas de máquinas, chips de computador e software estão entre as GPTs mais impactantes da história”, afirmou.

Para Brad Smith, a IA é o estágio atual da terceira revolução industrial, que surgiu na segunda metade do século 20, alimentada por chips e software. “Mais uma vez, os Estados Unidos lideraram o mundo nessa nova era tecnológica, dando origem a empresas inovadoras como a própria Microsoft, que celebrará seu 50º aniversário em abril”, disse.

Citando a atual disputa entre Estados Unidos e China pela liderança em IA, o presidente da Microsoft destacou a estratégia do país asiático de oferecer acesso subsidiado a chips e prometeu construir datacenters em países em desenvolvimento. “A chave para o futuro é reunir o melhor que podemos oferecer a toda a sociedade, ao setor privado, às instituições educacionais e sem fins lucrativos e ao governo”, acrescentou.

Disse ainda que a eficiência do governo norte-americano poderia melhorar por meio da adoção de IA e sugeriu: “Se a administração Trump puder desenvolver uma forte estratégia nacional de talentos de IA e usar a tecnologia para tornar o próprio governo mais eficaz e eficiente, isso colocará o país em um caminho promissor”.

Segundo Smith, mais do que qualquer outro país, os Estados Unidos dominaram o processo de mover rapidamente novas ideias das universidades para o setor privado: “Esse sucesso se baseia em investimentos saudáveis ​​em P&D, reconhecendo que a pesquisa básica é frequentemente financiada por recursos públicos e tipicamente em universidades, enquanto o desenvolvimento de produtos é financiado por empresas. É a combinação desses dois fatores que torna a área de P&D norte-americana tão bem-sucedida”.

Em relação à Microsoft, Brad Smith lembrou que, ano passado, a empresa havia anunciado a decisão de investir mais de US$ 35 bilhões em 14 países em três anos, para construir infraestruturas de data center de IA e nuvem confiáveis e seguras. “Isso faz parte de uma infraestrutura global que agora alcança 40 países, incluindo o Sul Global. Para aprimorar nossas capacidades, estamos fazendo parceria com a empresa soberana de IA dos Emirados Árabes Unidos, a G42, para levar infraestrutura de IA ao Quênia. E estamos trabalhando com a Blackrock e a MGX para criar um fundo de investimento internacional para adicionar até US$ 100 bilhões em financiamento adicional para infraestrutura de IA e cadeia de suprimentos de IA”, acrescentou.