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08/10/202421/06/2023
Por redação AIoT Brasil
De acordo com a pesquisa Meet Me in the Metaverse, feita pela Accenture, 65% dos consumidores globais não sabem como reconhecer ou identificar vídeos deepfakes ou conteúdo sintético. Ao mesmo tempo, um número cada vez maior de pessoas passou a ter acesso a recursos de inteligência artificial que permitem a manipulação de imagens.
Com base em dados como esses, alguns especialistas recomendam que o melhor caminho para evitar problemas, principalmente para organizações e figuras públicas, passa pelo conhecimento e pela prevenção. “Uma vez que uma pessoa ou uma empresa se torna vítima, não há muito o que possa ser feito, porque a deepfake tem como característica a velocidade de disseminação”, afirma Filipe Bento, CEO da Br24, que oferece o sistema de gestão Bitrix24.
Ele diz que o processo de construção de deepfakes está tão aprimorado que o reconhecimento do que é verdadeiro ou falso se tornou uma tarefa difícil: “Quando surgiram as primeiras técnicas de deepfake, por volta de 2014, seu uso era mais restrito, devido à exigência de conhecimentos avançados. Contudo, conforme a tecnologia foi avançando, apareceram soluções mais fáceis para produzir notícias falsas”.
Bento explica que a deepfake resulta da associação de imagens ou sons reais, com base em técnicas de IA, para combinar uma fala ou uma cena já existente a fim de produzir um conteúdo sintético, às vezes muito convincente. Como forma de prevenção, o executivo recomenda medidas de segurança de marca, que envolvem um conjunto de práticas: “Entre as principais ações, destaca-se o uso de tecnologia de adtechs, inclusive de pré-checagem, em que é possível filtrar antecipadamente qualquer desconfiança de tráfego inválido”, sugere.
Ele lembra que os hackers também podem coletar informações estratégicas das empresas e causar problemas sérios, além dos danos à reputação. “Por isso é importante contar com soluções estratégicas para a proteção digital tanto da rede quanto dos dispositivos da empresa. As deepfakes representam o ápice das fake news, justamente por serem divulgadas por meio de vídeos ou áudios que se propagam mais rapidamente pelas redes sociais”, acrescenta Bento.
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