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21/11/202419/07/2023
Por redação AIoT Brasil
Quatro meses depois de ser lançada em mais de 40 países, a ferramenta de inteligência artificial generativa LuzIA chegou ao Brasil nesta quarta-feira, 19, para ser usada gratuitamente nos aplicativos WhatsApp e Telegram. Entre outras funcionalidades, o sistema cria conteúdo, responde a perguntas feitas por escrito ou por voz, dá receitas, planeja viagens, transcreve textos em áudio, faz traduções e recomenda filmes e livros com base em elenco, gênero ou autoria. Também promete criar imagens, mas, a julgar pelos primeiros testes, essa função ainda precisa ser aperfeiçoada.
Uma grande vantagem é a facilidade de uso: basta adicionar o contato +55 11 97255-3036 ao WhatsApp, por exemplo, para aparecer na tela do aplicativo a imagem caricatural de uma jovem ruiva sorridente, de grandes olhos azuis, e começar a fazer perguntas. O CEO e criador da LuzIA, o engenheiro espanhol Álvaro Higes, de 36 anos, trabalhou na Amazon e é professor na IE Business School, em Madri. A base de seu trabalho é o ChatGPT, o que explica em parte o sucesso da ferramenta, que em poucas semanas atraiu 1 milhão de adeptos e hoje tem uma base de mais de 4 milhões de usuários.
A chegada ao Brasil sinaliza a intenção de Higes de explorar um dos maiores mercados do WhatsApp no mundo. Calcula-se que 94% dos brasileiros de 16 a 64 anos utilizam o aplicativo, o que significa algo em torno de 170 milhões de usuários.
Além do português, LuzIA “fala” inglês, espanhol e francês e, em um teste rápido, respondeu satisfatoriamente a perguntas relacionadas a dúvidas, receitas e roteiros de viagem, mas falhou quando solicitada a criar imagens. Nenhuma das tentativas deu certo: ou enviou uma imagem diferente da que foi pedida ou simplesmente não respondeu.
A ferramenta também não respondeu a perguntas mais gerais, como uma a respeito da situação atual da guerra na Ucrânia. A resposta: “Desculpe, mas não tenho informações atualizadas sobre a situação da guerra na Ucrânia”. Porém, em menos de 3 segundos citou corretamente os autores de “Garota de Ipanema” e de “Aquarela do Brasil” e enviou uma boa receita de bolo de maçã com canela. Também transcreveu áudios com pequenas falhas de acentuação, mas de maneira satisfatória.
De qualquer maneira, mesmo com as eventuais falhas, LuzIA pode ser a maneira mais simples e fácil de permitir que os milhões de utilizadores de aplicativos populares tenham acesso a recursos de IA generativa, sem recorrer a modelos como o ChatGPT, o Bard, o Bing e o Midjourney. A ideia por trás do sistema é que seja visto como um amigo no WhatsApp capaz de dar dicas e esclarecer dúvidas pelo celular. Só que, do outro lado, estará uma IA conectada a uma poderosa IA generativa. E em mais alguns meses deverá ser lançado um plano de assinatura paga com a oferta de novos recursos, como aconteceu com o ChatGPT.
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