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IA generativa já é usada por 65% das crianças e adolescentes

Pesquisa TIC Kids Online Brasil 2025 também mostrou que houve uma queda significativa no uso de celular no ambiente escolar

27/10/2025

IA generativa já é usada por 65% das crianças e adolescentes
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Por redação AIoT Brasil

As crianças e os adolescentes brasileiros se renderam definitivamente às ferramentas de inteligência artificial generativa, que já são utilizadas regularmente por 65% deste público, de acordo com a pesquisa TIC Kids Online do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), um departamento do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br). O estudo envolveu usuários de internet entre 9 e 17 anos de idade e constatou que a IA é aplicada, principalmente, em pesquisas escolares e estudo das matérias.

Em relação às redes sociais e aos aplicativos, a plataforma preferida é o WhatsApp, acessado “várias vezes ao dia” por 53% das crianças e dos adolescentes, seguindo-se o YouTube (48%), o Instagram (48%) e o TikTok (46%). Como era previsível, o celular é o principal meio de acesso à internet para 96% das pessoas nessa faixa etária, à frente da televisão (35%) e do computador de mesa ou portátil (8%).

O acesso à internet e à IA ocorre mais nas redes domésticas (84%), várias vezes por dia, e apenas 12% se conectam na escola. Chamou atenção na pesquisa a constatação de que o registro do uso de celular no ambiente escolar caiu de 51% em 2024 para 37% em 2025, o que foi interpretado como um efeito positivo da sanção da lei federal nº 15.100, de janeiro deste ano, que restringe o uso de telas em sala de aula.

A frequência do uso de ferramentas de IA para pesquisas escolares ou estudo aumenta de acordo com a idade e atinge 68% entre adolescentes de 15 a 17 anos, reduzindo-se a 37% entre crianças de 9 a 10 anos. Para outras aplicações, os índices foram, respectivamente, de 60% e 17% para busca de informações, de 32% e 9% para criação de conteúdo e de 12% e 4% para conversas sobre problemas pessoais ou emoções.

Alexandre Barbosa, gerente do Cetic, disse que a IA generativa está cada vez mais presente nas práticas digitais cotidianas dos jovens: “Nesse cenário, incluímos um novo indicador à pesquisa para monitorar como crianças e adolescentes estão utilizando essas tecnologias. Com isso, buscamos gerar evidências que contribuam para a formulação de políticas e ações voltadas à sua proteção, bem-estar e desenvolvimento integral”, explicou.

Como aspecto negativo, o estudo revelou que 53% dos usuários de 11 a 17 anos e 63% dos adolescentes de 15 a 17 anos foram expostos a vídeos de pessoas divulgando jogos de apostas online. Considerando práticas envolvendo gastos e recompensas em jogos, 21% dos usuários de 11 a 17 disseram que já fizeram alguma compra ou gastaram dinheiro para avançar de fase ou ganhar alguma coisa.

Além disso, 45% das crianças e adolescentes tiveram contato com propaganda não apropriada para a idade e 51% pediram algum produto aos pais depois de verem um anúncio nas redes sociais ou na internet. “A percepção sobre a personalização de anúncios também é alta: 65% dos usuários de 11 a 17 anos concordaram que falar ou pesquisar sobre um produto aumenta a quantidade de propagandas que recebem sobre ele”, acrescentaram os responsáveis pelo estudo.

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#celular na escola#estudo das matérias#inteligência artificial generativa#pesquisas escolares

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