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29/10/202413/02/2023
Por redação AIoT Brasil
Um programa computacional capaz de replicar as decisões de um ser humano e emitir alertas e instruções precisas de como agir em uma situação de emergência: essa é umas das inúmeras aplicações possíveis de inteligência artificial e internet das coisas na prevenção e no combate a situações de risco, como o incêndio na Boate Kiss, de acordo com Paulo Miyagi, professor do Departamento de Engenharia Mecatrônica e Sistemas Mecânicos da Escola Politécnica da USP e membro do Instituto dos Engenheiros Elétricos e Eletrônicos.
Em entrevista ao Jornal da USP, o especialista disse que no futuro próximo as tecnologias de IA e IoT terão um papel cada vez mais relevante no esforço de salvar vidas em emergências. Os comentários de Miyagi estavam relacionados a um estudo realizado nos laboratórios da Escola Politécnica, em conjunto com alunos de graduação e pós-graduação, que avaliou a necessidade de utilização dos avanços tecnológicos para aprimorar os sistemas de segurança prediais.
“Ficou comprovado que, se você conseguir passar as informações na hora certa, com algum tipo de treinamento, algum tipo de instrução, em qualquer situação de emergência que a gente simulou, a chance de todo mundo poder sair sem nenhum problema é de mais de 80%”, disse.
O professor lembrou que uma ferramenta de IA pode transmitir informações e instruções de como sair de um incêndio ou de outras ocorrências de risco. Ao mesmo tempo, haverá muitos dispositivos de IoT conectados que enviarão informações em tempo real, para orientar os meios de socorro, já que os prédios contam com sensores de movimento e temperatura que podem ser aprimorados com essas tecnologias.
Se um sensor detectar aumento de temperatura ou alguma fumaça, por exemplo, o sistema coletará as informações e a IA poderá ser utilizada para identificar o nível de risco. Automaticamente, as portas e os sistemas de segurança começarão a ser acionados a fim de garantir a proteção do ambiente. Segundo o professor, com IA e IoT nos prédios, a maioria das pessoas envolvidas em emergências poderá sair ilesa.
Em relação ao investimento necessário para a utilização dessas ferramentas, Miyagi lembrou que a produção em massa reduzirá os custos. “A tecnologia está evoluindo. A tendência é que o sistema se modernize. Qualquer sistema novo de segurança já precisa considerar esse tipo de ambiente e usar melhor esses recursos”, acrescentou.
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