IA: bênção ou uma maldição para as empresas?
A inteligência artificial por si só não resolve o problema de ninguém. É necessário analisar o cenário e criar estratégias assertivas, para evitar prejuízos e frustrações
04/08/2022
Por Victor Corazza Modena*
Não é novidade para ninguém: a pandemia acelerou o uso das tecnologias digitais. E, em diversos segmentos do universo empresarial, a mudança pôde ser nitidamente vista com a implementação da Inteligência Artificial (IA), seja no uso dos chatbots ou com os assistentes virtuais, por exemplo, tirando de cena os “atendentes humanos”.
A tecnologia tem sido uma grande aliada das empresas, mas por si só, a IA não resolve o problema de ninguém. É necessário analisar o cenário e criar estratégias assertivas, promovendo valor às necessidades e desejos dos clientes. Do contrário, pode acarretar prejuízos de várias formas e tamanhos.
Está na moda ouvirmos inúmeras soluções trazendo a inteligência artificial como grande chave de transformação e diferencial de inovação. Entretanto, para evitar frustações e prejuízos, antes de implementar essa tecnologia nos negócios, o primeiro passo é saber o que, de fato, é a IA.
Podemos dizer que a inteligência artificial acontece quando a máquina aprende sozinha, simulando um cérebro humano. É quando os programadores não precisam alimentar o banco de dados, pois quanto mais os consumidores usarem aquele programa, mais inteligente ele fica. Sozinho, livre e automático.
Tida como uma aliada dos empresários e ganhando cada vez mais força, além dos grandes benefícios, o uso dessa ferramenta pode trazer riscos. Não tem como escapar, no mundo dos negócios, os riscos e dilemas sempre irão existir. Para exemplificar um deles, entrar na onda de desenvolver soluções apenas por ser ‘música para os ouvidos do investidor’ pode ser a morte do negócio, antes mesmo dele ir ao mercado.
Pesquisa realizada pela CB Insights apontou que a principal causa de falência das startups é buscar resolver um problema que não existe na vida real. Em outras palavras, os empreendedores encontram uma solução que pode até ser criativa, mas que não resolve o problema de ninguém e, em decorrência disso, não converte em vendas.
Os custos e a demora no desenvolvimento também podem ser considerados barreiras. Soluções de IA podem ser caras, complexas e demorar um bom tempo até serem desenvolvidas por completo, o que pode significar um risco grande para um projeto que não tem certeza que terá sucesso.
Para encorajar empresários que estejam dispostos a investir na IA, aqui vão algumas dicas e alternativas de como aplicar essa tecnologia, na intenção de trazer bons e inovadores resultados:
Desenvolva a empatia
Realizar a empatia é fundamental, antes mesmo de colocar criatividade em ação. É algo muito simples. Basta fazer uma conexão precisa e direta entre a dor do cliente e a solução proposta. E daí a mágica acontece.
Ouça o mercado e seus clientes
Escutar vem antes do criar. Com a boa escuta, é possível entender as dores dos clientes. O resultado? Maior facilidade para desenvolver soluções que resolvam problemas reais. É disso que as empresas precisam.
Busque alternativas
Como dito anteriormente, o processo de criação e implementação dessa tecnologia pode elevar os custos da empresa e demorar um certo tempo. Nesse cenário, os empresários podem e devem lançar mão de outras estratégias, pois alguns problemas podem ser resolvidos de formas bem mais simples e baratas. Com programação tradicional, por exemplo.
Testar, testar e testar
Testes rápidos e baratos continuam sendo um lema importante para os novos negócios de tecnologia. Nessa etapa, ter paciência e equilíbrio são aspectos fundamentais para quem quer “reinventar a roda”
*Victor Corazza Modena é professor de Pós-Graduação na IBE Conveniada FGV e head de Inovação na InterCoop
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#evento de tecnologia#FGV#IA nas empresas#inteligência artificial#InterCoop
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