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05/03/202510/02/2025
Por redação AIoT Brasil
Depois dos Estados Unidos e da Austrália, também a Itália e a Holanda decidiram restringir o uso do DeepSeek em dispositivos governamentais, aumentando o cerco ao chatbot chinês que surpreendeu o mundo em janeiro. A alegação é de um suposto risco à segurança nacional, mas não há como negar que há também uma forte pressão política de alguns governantes ocidentais a produtos originários da China, principalmente no caso do DeepSeek, que rapidamente se tornou a IA gratuita mais baixada nos EUA, no Reino Unido e em outras regiões.
Em poucos dias, o DeepSeek sofreu uma série de ataques de congressistas e big techs norte-americanas e provocou uma inusitada convocação do presidente Donald Trump a Jensen Huang, CEO da Nvidia, a empresa que forneceu os chips para o desenvolvimento da nova IA. O objetivo da reunião, na versão oficial, foi a discussão a respeito de novas sanções contra a China.
A onda de restrições começou na Austrália, que baniu o DeepSeek de todos os dispositivos e sistemas governamentais, decisão que foi seguida logo depois pelos governos da Itália e da Holanda. De acordo com a BBC, a medida adotada na Austrália exige especificamente que todas as entidades governamentais “impeçam o uso ou a instalação de produtos e aplicativos DeepSeek” e removam outros serviços previamente instalados em qualquer sistema ou dispositivo da administração pública.
Com isso, milhares de funcionários não poderão usar as ferramentas no país, incluindo aqueles que trabalham em áreas técnicas como a Comissão Eleitoral Australiana e o Bureau of Meteorology. Como havia ocorrido nos Estados Unidos, as ações de empresas australianas vinculadas à IA, como a fabricante de chips Brainchip, desabaram nas bolsas depois do lançamento do DeepSeek, que, alegadamente, teve um custo de desenvolvimento muito inferior ao de concorrentes como o ChatGPT da OpenAI.
A proibição não se estende a dispositivos de cidadãos particulares, mas mostra uma estratégia clara de reação ao avanço chinês na área de tecnologia. “Essa é, cada vez mais, a abordagem adotada pelos governos sempre que há alguma dúvida sobre segurança”, disse Kieren McCarthy, da empresa britânica de inteligência cibernética Oxford Information Labs, à BBC. “Isso acrescenta uma dimensão política a todos os avanços na área e anuncia o fim dos dias em que a tecnologia reinava”, acrescentou.
Há outras frentes de combate ao DeepSeek. Órgãos reguladores na Coreia do Sul, Irlanda e França começaram a investigar a maneira como a empresa que criou o chatbot lida com os dados dos usuários armazenados em servidores na China. A Marinha dos Estados Unidos também teria proibido seus membros de usar o DeepSeek, enquanto a OpenAI reclamou que rivais, inclusive na China, estão usando seu trabalho para fazer progresso rápido.
Na Itália, a restrição passou a valer em 30 de janeiro, numa medida tomada pela entidade responsável pela proteção de dados, que ordenou a proibição “urgente e imediata” do DeepSeek. Na Holanda, na quinta-feira, 6 de fevereiro, o governo também proibiu seus funcionários de usarem a plataforma de IA chinesa, que seria “sensível à espionagem”, e afirmou que os cidadãos deveriam ser prudentes em relação ao bot.
Na Irlanda, a Comissão de Proteção de Dados solicitou à DeepSeek informações sobre a gestão de dados dos usuários, e na Coreia do Sul os ministérios decidiram suspender o acesso da IA nos computadores dos seus funcionários. Taiwan adotou medidas semelhantes, também alegando risco à segurança.
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