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Fraudes em pagamentos crescem na pandemia

Pesquisa colheu informações em 19 países durante nove meses e concluiu que as medidas de segurança digitais não acompanharam a sofisticação dos fraudadores

18/11/2020

Fraudes em pagamentos crescem na pandemia
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Por redação AIoT Brasil

Durante o período de isolamento provocado pela pandemia de covid-19, as fraudes nos pagamentos feitos por meios digitais aumentaram em todo o mundo, e os esforços de mitigação não acompanharam a sofisticação dos criminosos. Para reagir a esses ataques, uma das armas mais eficazes são as ferramentas inteligência artificial e aprendizado de máquina. Essas foram algumas das conclusões do estudo “A escalada da fraude digital: impacto global do coronavírus”, realizado pela consultoria Javelin Strategy & Research e patrocinado pela SAS Advanced Analytics.

Conduzido por Krista Tedder, diretora de pagamentos da Javelin, o estudo colheu dados em 19 países, entre os quais o Brasil, de dezembro de 2019 a agosto deste ano, e capturou detalhes de fraudes ocorridas desde o período anterior à pandemia até o início da reabertura das economias. Foi constatado um aumento significativo no acesso ao comércio eletrônico durante a quarentena, o que acelerou a utilização dos meios digitais de pagamento e, consequentemente, os riscos para os consumidores e as instituições financeiras.

O relatório explicou que cada país enfrenta desafios próprios, mas existem muitos elementos comuns a todos, como o compartilhamento de informações entre os fraudadores, que muitas vezes unem forças e fazem ataques coordenados. Por isso é importante que as instituições financeiras compreendam melhor a maneira como os criminosos agem. “É fundamental entender como a fraude ocorre para reduzir riscos quando novos métodos de pagamento são implantados. Muitas vezes, novos mecanismos de pagamentos são lançados antes de estarem disponíveis os controles para a mitigação de riscos”, observou o estudo.

Como exemplo desses novos mecanismos, Krista Tedder citou a recente implantação do Pix no Brasil e disse que, como o custo das transações é fixado pelo Banco Central, o ganho das instituições financeiras não será baseado no valor de cada operação, o que pode compensar perdas por fraude. “As estratégias de gestão de fraude (das instituições financeiras) precisam levar isso em consideração, monitorando todas as transações em tempo real e com recursos analíticos que podem identificar rapidamente esquemas de fraude”, acrescentou.

O arsenal de truques dos fraudadores e das redes criminosas está se tornando tão avançado quanto as tecnologias usadas para detectar suas atividades, disse a pesquisadora. “A engenharia social, os esquemas de phishing e de identidade e a variedade de métodos de pagamento digital estão aumentando as chances dos bandidos”, explicou. Para se proteger desses ataques, uma das recomendações do relatório é a necessidade de utilizar a tecnologia e os recursos analíticos em camadas, para analisar as ameaças em tempo real. “Ações automatizadas e gerenciamento preditivo de casos com base em inteligência artificial e aprendizado de máquina podem ajudar a reduzir a dependência da equipe para monitorar atividades de fraude e aumentar a eficiência”, concluiu o estudo.

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