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Falta de cultura de inovação compromete a digitalização

Para grande parte dos executivos, esse é o principal obstáculo no processo de transformação digital nas empresas

11/07/2023

Falta de cultura de inovação compromete a digitalização
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Por redação AIoT Brasil

A maioria das companhias brasileiras reconhece a importância da transformação digital e a necessidade de investir em tecnologias como internet das coisas e computação em nuvem, mas se ressente, principalmente, da falta de cultura de inovação no país. Esse obstáculo foi apontado por nada menos do que 67% dos executivos que responderam a uma recente pesquisa feita pela escola de negócios Fundação Dom Cabral em parceria com a Meta, empresa de tecnologia e estratégia digital.

O levantamento é a terceira etapa do Índice de Transformação Digital (DXi) criado para avaliar o nível de maturidade tecnológica das empresas e apoiar a evolução dos modelos de negócio por meio dos pilares de cultura organizacional, tecnologia, estratégia e processos digitais. Desde outubro de 2022 foram ouvidos mais de 100 CEOs e executivos de corporações de grande e médio porte que, em conjunto, superam os R$ 100 bilhões em faturamento.

Os executivos reconhecem o desafio da digitalização e sabem o que é preciso ser feito, mas 66% deles disseram que suas organizações não contam com diagnósticos relacionados à questão e 35% fazem investimentos seletivos em projetos de inovação. Além disso, 16% mencionaram como obstáculo a falta de rentabilidade de projetos digitais.

O estudo também mostrou que apenas 30% dos empresários brasileiros acreditam que seu principal desafio é estruturar e realizar um processo de digitalização em suas companhias. Para 19% dos entrevistados, é necessário incorporar a inovação nos projetos em desenvolvimento, e 14% consideram essencial conhecer as tendências tecnológicas do mercado.

De acordo com a Meta, os números da pesquisa revelam um descompasso entre a visão de futuro e o resultado esperado para o presente, com 32% dos respondentes admitindo que suas estratégias não contemplam o longo prazo, enquanto 34% afirmaram que contemplam pouco. Ou seja, grande parte das empresas vem se concentrando apenas nas demandas imediatas e na sobrevivência dos negócios.

Para que a transformação digital efetivamente ocorra, a computação em nuvem foi apontada por 73% dos respondentes, enquanto 68% mencionaram as tecnologias de big data e análise de dados. O desenvolvimento de software e aplicativos foi lembrado por 63% dos executivos, e 47% destacaram a conectividade dos dispositivos de IoT.

Telmo Costa, CEO da Meta, disse que mais do que adotar tecnologias disruptivas ou contar com uma plataforma de e-commerce ou com 5G, o desafio real é encaixar as mudanças socioculturais e geracionais às mudanças tecnológicas, e não o contrário. “O que o contexto atual aponta é que as pessoas vêm antes de qualquer decisão sobre qual software utilizar. Ter as pessoas no centro é essencial”, afirmou.

Hugo Tadeu, diretor do Núcleo de Inovação e Empreendedorismo da Fundação Dom Cabral, destacou que as empresas precisam observar o quanto a área de pessoas influencia a segurança psicológica: “Como as empresas estão fazendo o perfil dos profissionais para estimular as pautas de inovação? Não adianta ter apenas tecnologia, pois é necessário estimular as pessoas”.

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#computação em nuvem#cultura de inovação#estratégia digital#internet das coisas#maturidade tecnológica#transformação digital

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