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Evento mostra a evolução do mercado de carros voadores

Interesse despertado pela Expo eVTOL é um sinal claro de que o setor amadureceu avança em ritmo acelerado

04/06/2024

Evento mostra a evolução do mercado de carros voadores
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Por redação AIoT Brasil

Organizadas pela MundoGEO, as quatro feiras dos setores de inteligência geográfica, drones, espaço e veículos voadores superaram as expectativas e reuniram em São Paulo mais de 8 mil profissionais de 33 países, em maio. Além da Connect, da DroneShow Robotics e do SpaceBR Show, eventos já conhecidos do público, o destaque neste ano foi a primeira edição da Expo eVTOL, inédita na América Latina, dedicada exclusivamente aos veículos elétricos de decolagem e pouso vertical, que mostrou como esse mercado está aquecido.

Empresas de destaque marcaram presença na Expo eVTOL, entre as quais as fabricantes brasileiras Vertical Connect e Moya e a chinesa EHang, além de potenciais clientes, como a Gol e a Azul. “Agora é a contagem regressiva. Em um tempo bem curto, no máximo de dois anos, devemos ter essas aeronaves voando bem, inclusive no Brasil”, afirmou Gustavo Ribeiro, diretor do portal Voo Limpo e moderador dos fóruns do evento.

Rogério Andrade, CEO da operadora de helicópteros Avantto, ratificou essa ideia e apresentou um estudo feito pela consultoria KPMG para avaliar o potencial do mercado de eVTOLs nas principais cidades do mundo. São Paulo, por exemplo, poderia contar com carros voadores em operação em 2027 e atender 850 mil pessoas por ano, com apenas 48 aeronaves.

“Caso as premissas de escalabilidade sejam atendidas, esse número poderá chegar a 60 milhões de passageiros e 8 mil eVTOLs operacionais em 2040. O Rio teria uma performance menos exuberante, mas igualmente surpreendente: chegaria a 18 milhões de passageiros por ano, com 2,3 mil veículos”, disse Andrade. Se essas estimativas se concretizarem, as duas cidades brasileiras, sozinhas, teriam um mercado de eVTOL com receita potencial de US$ 7,3 bilhões até 2040.

A Gol e a Azul anunciaram no evento que o foco inicial serão os voos intrarregionais, a partir de 150 km de distância, e um dos desafios é a carência de pontos de decolagem e pouso – os “vertiportos” –, que devem demorar até dois anos para serem construídos. Camilo Oliveira, da área de relações institucionais da Azul, disse que atualmente faltam voos para distâncias entre 100 e 400 km, e é nesse nicho que a empresa quer atuar. “Os eVTOLs tem potencial de cobrir 80% dos voos realizados hoje com helicópteros. A expectativa é reduzir o tempo de viagens curtas, por exemplo, entre São Paulo e a Riviera de São Lourenço, no litoral norte”.

Sérgio Quito, presidente do Conselho de Segurança e Operações de Voo da Gol, acrescentou: “O grande desafio é a infraestrutura, já que os helipontos não são suficientes para a operação dos eVTOLS. Temos um grande caminho a percorrer, mas acreditamos que até 2027 o VX4, o eVTOL da Vertical Aerospace, já esteja em operação”.

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#carros voadores#drones#eVTOL#inteligência geográfica#veículos elétricos

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