Por redação AIoT Brasil

O escritório de advocacia AG Immigration, com sede em Washington e fundado pelos brasileiros Rodrigo Costa e Felipe Alexandre, tornou-se o primeiro em sua área a produzir conteúdo jurídico totalmente escrito e ilustrado por ferramentas de inteligência artificial. Especializada no processo de obtenção de green cards por estrangeiros nos Estados Unidos, a empresa começou a utilizar a ferramenta Chat GPT, desenvolvida pela Open AI, para automatizar alguns dos seus processos de relacionamento com os clientes por meio de técnicas de IA e aprendizado de máquina.

A AG Immigration também aplica a inteligência artificial DALL-E, criada igualmente pela Open AI, para gerar imagens a partir das instruções inseridas pelo usuário. “A inteligência artificial é a nova internet e representa um avanço tecnológico que vai revolucionar a forma como trabalhamos e interagimos com informação. No campo jurídico, é capaz de produzir conteúdo informativo de altíssima qualidade”, disse Costa, CEO da empresa.

Além da sede na capital norte-americana, a empresa possui escritórios em Nova York, Miami, Orlando, Las Vegas e Los Angeles. Entre seus clientes estão cidadãos de 32 países que buscam visto de trabalho e residência, um processo geralmente complicado e bastante exigente.

Em julho de 2022, a AG Immigration já havia criado um espaço no metaverso ao abrir uma filial na plataforma de realidade virtual AltSpaceVR, da Microsoft. Costa explicou que o escritório tem muitos clientes chineses, que podem ser atendidos nesse novo formato: “É cada vez mais importante que o imigrante que planeja vir para os Estados Unidos consiga informações de qualidade, verificadas por advogados, para que não caia em ciladas. As ferramentas de inteligência artificial e de realidade aumentada nos permitem justamente isso: levar informação crível em novos ambientes”, disse.

O CEO da AG Immigration admitiu, contudo, que as ferramentas de inteligência artificial ainda não substituem os profissionais especializados. Ele disse que os recursos tecnológicos são um bom ponto de partida para que o cliente já chegue ao escritório mais bem informado, além de ajudar a esclarecer dúvidas comuns. “Mas o advogado sempre será essencial. Pode até ser que no futuro ele tenha que aprender novas competências, especialmente de linguagem, para interagir com essas máquinas, mas suas contribuições continuarão indispensáveis”, acrescentou Rodrigo Costa.