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08/10/202423/03/2023
Por redação AIoT Brasil
Os investimentos realizados por governos e empresas na área da computação quântica devem atingir US$ 4 trilhões até 2028, e 40% das grandes companhias executarão projetos na área até 2025, de acordo com estudos das consultorias McKinsey e Gartner. Porém, os resultados dos processamentos quânticos são pouco confiáveis quando comparados com a computação clássica, o que representa um desafio para que essa tecnologia se torne uma realidade comercial.
O motivo principal para isso é o fato de que os qubits, ou bits quânticos, a unidade básica de informação usada na computação quântica, são extremamente frágeis e seus resultados podem ser distorcidos pelos ruídos no ambiente. Por isso, a correção de erros quânticos é fundamental para levar os avanços à realidade comercial.
Esse cenário foi analisado por Nilton Hayashi, diretor de Business Operations da Fujitsu do Brasil, que destacou a crescente sofisticação da computação quântica e a necessidade crítica de correção de erros, no mesmo ritmo: “A computação quântica é capaz de resolver problemas massivamente complexos, além do alcance dos computadores clássicos de hoje, e estimamos um impacto cada vez maior em áreas como logística, indústria química e farmacêutica e no sistema financeiro, por exemplo”, disse.
Contudo, segundo Hayashi, essa eficácia se reduz se não houver a correção de erros quânticos, e quanto maior for o número de cálculos, maior será a margem de erro. “É um terreno com grande potencial de exploração”, afirmou Hayashi. “Temos desafios para identificar insights com o volume gigantesco de dados gerados. No entanto, com a alta velocidade de processamento, poderemos ter maior controle dos processos, por exemplo, no chão de fábrica, por meio da captura em vídeo 4K e da aplicação de inteligência artificial em tempo real. Com monitoração e análise quântica, será possível aumentar a segurança dos trabalhadores, evitar fraudes e investir na melhoria de processos antes invisíveis.”
Um exemplo do potencial da análise quântica é o supercomputador Fugaku, desenvolvido em conjunto pela Fujitsu e pela Riken, em funcionamento desde 2021, ainda de forma experimental. Segundo a Fujitsu, entre outros desafios, o Fugaku já ajudou no combate à pandemia de covid-19 e conseguiu concluir uma análise do gene do câncer em menos de um dia: “Se fosse em um computador comum, o mapeamento levaria meses. O estudo, liderado pela Universidade Médica e Odontológica de Tóquio, tem como objetivo criar terapias no combate à doença”, explicou a empresa japonesa.
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