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Como a Motorola usa IA para salvar vidas e aumentar a segurança

Soluções integram software e câmeras com inteligência artificial para reconhecimento facial, alerta automático de ocorrências e redução no tempo de socorro

12/08/2024

Como a Motorola usa IA para salvar vidas e aumentar a segurança
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Por Daniel dos Santos

Segundo um levantamento do Fórum da Segurança Pública, o Brasil tem um déficit de mais de 200 mil agentes na área de segurança pública (policiais militares, polícia civil, bombeiros…). “O grande desafio das agências é fazer mais com menos. E como oferecer mais segurança sem ter o efetivo adequado? Com tecnologia”, destaca Gustavo Ancheschi (foto), presidente da Motorola Solutions no Brasil, empresa com foco na oferta de soluções para segurança pública.

Atenta à grande demanda e às oportunidades que o setor de segurança oferece no Brasil, a empresa incorporou a inteligência artificial às suas soluções de software e hardware. “Quando a gente fala de segurança em estádios ou reconhecimento facial em carros das agências de segurança pública, automaticamente conseguimos  identificar indivíduos que são procurados pela polícia”, exemplifica o executivo.

Além de soluções com câmeras e até drones, a Motorola aposta em sensores como o Halo, que pode ser acionado pelo cheiro de fumaça, por sons de tiros ou até mesmo gritos, e que alerta automaticamente as autoridades. “No caso de banheiros, nos quais não é possível colocar uma câmera, por exemplo, esses sensores conseguem identificar o uso de cigarros eletrônicos em uma escola ou mesmo identificar a presença de pessoas escondidas”, ressalta. “Essas diversas soluções de forma integrada trazem um ambiente de segurança pública”.

De acordo com Ancheschi, a inteligência artificial é vital para a estratégia da Motorola Solutions. “Todas as nossas soluções passam pela IA, exatamente para diminuir o tempo de resposta. Existe um desafio muito grande de falta de efetivo, e a IA pode melhorar a eficiência”, afirma o executivo.

“Hoje, dentro da empresa, a gente fala de inteligência artificial em todos os níveis, não só para os produtos, mas na eficiência do colaborador, ou seja, a gente tem trazido para dentro da nossa rotina, do dia a dia, de ações básicas”, explica o executivo.

A Motorola Solutions tem programas de inteligência artificial que vão do desenvolvimento de linhas de programação para os seus desenvolvedores a parcerias com empresas na área de IA (que ajudam na gestão do dia a dia da empresa). “Hoje, temos um hub voltado somente à inteligência artificial, focado em eficiência do nosso colaborador”, destaca.

A empresa, que está completando 45 anos no Brasil, tem entre seus clientes agências e empresas de segurança pública como o Exército Brasileiro, Polícia Militar do Estado de São Paulo, os sistemas penitenciários de Manaus e do Paraná, da Paraíba e do Piauí, Prefeitura de João Pessoa, além de empresas como Petrobras, Adecoagro, MetrôRio, Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) e Socicam.

“Com o objetivo de reduzir o tempo de atendimento a situações emergenciais, o ecossistema de soluções de vídeo da Motorola é totalmente integrado com o software de comando e toda comunicação por rádio”, explica Rodolfo Gomes, gerente da área de soluções de vídeo da empresa.

E a inteligência artificial entra como uma tecnologia mais eficiente para alertar quando um fato grave acontece em um local específico, e dar subsídios para que o time operacional tome as medidas necessárias e atenda esse caso o mais rápido possível. “Se a gente pensar numa cidade que tenha mais de mil câmeras, é humanamente impossível ter operadores olhando para todas essas câmeras ao mesmo tempo”, conta o especialista.

“E há um estudo científico que mostra que, depois de 15 minutos, os operadores ou qualquer outro humano, passam a não mais perceber grandes movimentações nessa cena”, completa Gomes. Ou seja, se acontecer um roubo ou mesmo um acidente de trânsito na frente desse operador que está vendo oito câmeras ao mesmo tempo, depois de 15 minutos, a probabilidade de ele detectar esse acidente é muito baixa.

Por isso, os analíticos com inteligência artificial são importantes. Para que quando surgir um veículo na contramão, um veículo numa calçada, uma atitude suspeita, por exemplo, o sistema consiga reconhecer automaticamente isso e alertar os centros de comando e controle que aquele fato está acontecendo, seja por reconhecimento facial ou mesmo por regras que limitam e checam as restrições configuradas. “Tudo isso reduz o tempo de atendimento para os agentes de segurança que estão no local e amplia a capacidade de cobertura”, completa.

 

 

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