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Brasil sofreu 315 bilhões de ataques no primeiro semestre

Estudo da Fortinet revela que o país concentrou 84% das tentativas de crimes cibernéticos registradas na América Latina

18/08/2025

Brasil sofreu 315 bilhões de ataques no primeiro semestre
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*Foto: reprodução Fortinet

Por redação AIoT Brasil

O Brasil foi o principal alvo dos ataques cibernéticos ocorridos na América Latina no primeiro semestre deste ano, com 315 bilhões de tentativas, o que representa 84% do total registrado no continente, de 374 bilhões de tentativas. De maneira geral, os criminosos estão industrializando os ataques e provocando desde comprometimentos da nuvem até acesso alimentado por credenciais, o que impõe a necessidade de mudanças nos sistemas de defesa reativa das organizações.

Esses dados foram colhidos pelo FortiGuard Labs, o laboratório de inteligência de ameaças da multinacional de cibersegurança Fortinet, e apresentados durante o Cybersecurity Summit Brasil 2025, na semana passada. O relatório “Cenário Global de Ameaças” também mostrou que o Brasil registrou 41,9 milhões de atividades de distribuição de malwares, que permitem acesso não autorizado a sistemas digitais, e 52 milhões de ações relacionadas a botnets, criados para controlar remotamente os dispositivos infectados.

Entre os insights críticos do estudo, feito com base na metodologia Cyber Kill Chain, que analisa cada etapa do processo, o FortiGuard Labs destacou: “O relatório revela como a automação, a IA e as credenciais roubadas estão alimentando ataques cibernéticos mais rápidos e escaláveis, superando os defensores em todos os setores e geografias”. Nesse cenário, as organizações estão enfrentando “uma tempestade perfeita de riscos cibernéticos”, que combina reconhecimento acelerado, exploração generalizada e aumento no roubo de credenciais.

“As defesas legadas não conseguem acompanhar os ataques automatizados que atingem mais rapidamente as empresas e estão se espalhando mais do que nunca”, alertou a Fortinet. Para dimensionar a extensão dos riscos, o estudo lembrou que os criminosos cibernéticos lançaram 36 mil verificações maliciosas por segundo em 2024, armando a automação para mapear e explorar a infraestrutura digital das organizações: “O reconhecimento não é mais manual. Os adversários usam automação para descobrir e direcionar seus pontos fracos em escala”, acrescentou.

No ranking dos países latino-americanos mais atingidos por ciberataques no primeiro semestre, depois do Brasil estava o México, com 10,8% do total de tentativas, seguindo-se a Colômbia (1,89%) e o Chile (0,1%). “Esses números mostram que o Brasil virou um alvo prioritário, um destino dos ataques. Estamos trazendo esses dados para que as pessoas vejam o que está acontecendo no mercado e o que podemos aprender com isso”, disse Frederico Tostes, country manager da Fortinet Brasil.

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