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5G vai “esvaziar” agências bancárias, afirma especialista

Várias operações passarão a ser feitas exclusivamente por dispositivos móveis, de acordo com o diretor de serviços financeiros da dataRain

22/08/2022

5G vai “esvaziar” agências bancárias, afirma especialista
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Por redação AIoT Brasil

Hoje, aproximadamente 70% das transações bancárias já são feitas por meio de dispositivos móveis, e à medida que o 5G avança no país, a tendência é o esvaziamento quase total das agências. Essa é a expectativa de Luiz Fernando Maluf, especialista em tecnologias dedicadas ao setor bancário e diretor de serviços financeiros da dataRain, empresa brasileira parceira da Amazon Web Services (AWS).

De acordo com Maluf, o esvaziamento das agências proporciona vários benefícios aos bancos, entre os quais a redução de custos com estrutura física, o que poderia representar taxas menores para os clientes. Como o 5G tem largura da banda até 100 vezes maior do que o 4G e latência muito baixa, será possível usar a nuvem para implantar 1 milhão de dispositivos de internet das coisas por quilômetro quadrado, segundo o especialista: “Esse cenário era até então considerado impossível, e com isso os bancos poderão ampliar suas ofertas de serviços, trazendo para o mobile aplicações que hoje rodam apenas no desktop, homogeneizando os sistemas”.

Para os clientes dos bancos, entre as vantagens estão a segurança adicionada às operações e a comodidade. “Ao deixar de se deslocar até uma agência, o consumidor fica mais seguro e consegue realizar suas transações com mais agilidade”, disse Maluf.

O especialista afirmou que o segmento de digital onboarding também deverá crescer com o 5G, com aplicações para a confirmação de dados e identidade que usam recursos como reconhecimento facial e outras tecnologias: “Com as operações cada vez mais voltadas para o mobile, os bancos terão de investir cada vez mais em segurança, e os serviços de digital onboarding serão fundamentais. Estes também terão como base a nuvem computacional, altamente beneficiada pelo 5G”.

Em relação à evolução das tecnologias para o setor bancário, Maluf disse que a pandemia acelerou o processo e impulsionou as fintechs e as open techs. Um estudo feito pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) indicou que o número de fintechs na América Latina chegou a 2.482 no final de 2021, o que representa um crescimento de 112% desde 2018, quando havia 1.166 startups, uma alta puxada pelo Brasil, que detém 31% desse mercado.

Outro estudo recente, da ACI Worldwide, mostrou que o Brasil é o quarto país do mundo em sistemas de pagamentos em tempo real, como o Pix, com 8,7 bilhões de transações em 2021, atrás da Índia, da China e da Tailândia. Espera-se que essas transações cheguem a 82 bilhões anuais em 2026, o que representa uma produção econômica adicional de US$ 37,6 bilhões.

Entre os países analisados, o Brasil deverá ter o maior crescimento em operações em tempo real entre 2021 e 2026. No quarto trimestre de 2021 o número de transações por Pix superou pela primeira vez os cartões de crédito e débito, com o registro de mais de 400 milhões de chaves cadastradas no país.

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