O ano de 2025 marca a consolidação da Inteligência Artificial (IA) como uma ferramenta prática e indispensável em diferentes setores. Após superar o entusiasmo inicial, o mercado agora adota a IA com mais maturidade, focando em aplicações estratégicas que geram valor real, otimizam processos e personalizam experiências.

Nos primeiros anos da rápida expansão da IA, assistimos a uma corrida para implementar soluções muitas vezes desconectadas dos objetivos reais de negócio. Esse aprendizado foi fundamental para entendermos que a IA só é eficaz quando direcionada a problemas específicos e mensuráveis. Ela se destaca na personalização de experiências em setores como marketing, saúde e varejo, mas seu impacto depende de métricas claras, como ganhos de eficiência e retorno sobre o investimento.

Agora, o mercado amadureceu. Empresas estão integrando a IA a processos existentes, minimizando interrupções e priorizando resultados concretos. A capacitação das equipes tornou-se um pilar essencial para maximizar o potencial da tecnologia, enquanto a sustentabilidade direciona as implementações, garantindo impactos duradouros e crescimento consistente.

Esse cenário já está transformando setores inteiros. Na manufatura, a IA está automatizando processos, reduzindo desperdícios e impulsionando a produção sustentável. No varejo, algoritmos criam experiências personalizadas, ajustam estoques em tempo real e otimizam a logística, oferecendo mais valor ao consumidor.

Já na saúde, ferramentas avançadas oferecem diagnósticos precisos, telemedicina eficiente e assistentes virtuais que tornam os cuidados mais acessíveis. A educação também está evoluindo, com plataformas adaptativas que personalizam o aprendizado e reduzem a carga administrativa dos professores. Já na cibersegurança, a IA monitora e neutraliza ameaças digitais em tempo real, protegendo dados e sistemas críticos. Até o setor público está colhendo os benefícios, com melhorias na gestão de tráfego, no atendimento ao cidadão e na formulação de políticas baseadas em dados.

A transição do hype para o pós-hype transformou a maneira como enxergamos e utilizamos a IA. Deixamos para trás as grandes promessas que impressionavam, mas frequentemente falhavam em entregar resultados concretos. Hoje, o foco está em usar a IA de forma consciente, guiada por objetivos claros e apoiada por equipes capacitadas.

Mais do que uma tecnologia transformadora, a IA tornou-se um pilar essencial para o sucesso sustentável. Integrada aos processos mais acurados, ela mostra que seu verdadeiro impacto não está no que promete, mas no que entrega diariamente para construir um futuro mais sólido e eficiente.

Marcelo Ciasca é CEO da Stefanini Brasil