Por redação AIoT Brasil

Para atender parte da demanda de um mercado que deverá valer 5,9 bilhões de dólares até 2025, segundo estimativa da Rethink IoT, a empresa sueca Wyld Networks anunciou nesta semana o lançamento de uma rede pioneira de satélites para internet das coisas que deverá conectar dispositivos instalados em qualquer parte do mundo. O novo conjunto de módulos com LoRaWAN AM102 multirregional permitirá que os sensores de IoT se comuniquem diretamente com a nuvem, independentemente de sua localização, sem necessidade de conectividade terrestre.

De acordo com a Wyld, os satélites em órbita baixa (LEO) que coletam pacotes de dados enviados dos módulos da empresa poderão funcionar de forma autônoma ou em conjunto com a rede LoRa (de longo alcance) terrestre, com conexão mesmo em locais remotos ou de difícil acesso, com pouca ou nenhuma cobertura alternativa. Empresas e organizações das áreas de energia, serviços públicos, agricultura, transporte marítimo e gestão de ativos estão entre as que poderão utilizar o novo sensor LoRaWAN, que seria uma solução de conectividade sem fio de baixo custo e baixo consumo de energia.

Paul Clark, chefe de engenharia da Wyld Networks, disse que essa versão é o módulo mais versátil desenvolvido pela empresa e oferece desempenho excepcional em um pacote compacto. O CEO da companhia, Alastair Williamson, acrescentou: “Esse lançamento da rede IoT via satélite é o ponto culminante de mais de três anos de desenvolvimento contínuo. Estamos ansiosos para fornecer conectividade para atender à demanda em rápido crescimento em 85% da superfície da Terra com pouco ou nenhum serviço atual”.

De fato, calcula-se que, atualmente, apenas 15% do território do planeta tem acesso à internet, e é essa falta de conectividade global que impede o atendimento da crescente demanda por IoT, que poderia adicionar de 2 a 3 trilhões de dólares ao PIB mundial nos próximos dez anos. A solução da Wyld poderia resolver parte desse problema, ao permitir que empresas e governos conectem seus dispositivos IoT por meio dos satélites de baixa órbita, de qualquer lugar.