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31/07/202530/07/2025
* Modelo criada por IA/Reprodução Seraphinne Vallora
Por redação AIoT Brasil
Loura, cabelos ondulados impecáveis, olhos verdes e um belo sorriso: mais clichê impossível, quando se trata de anúncios de uma grife de moda como a Guess. Mas a última propaganda da marca, divulgada na edição de agosto da Vogue, já nasceu para provocar polêmica, por um motivo muito simples: a modelo foi criada com o uso de IA, na primeira vez que a revista norte-americana aceitou publicar a imagem de uma pessoa produzida com a tecnologia.
O crédito pela criação da falsa modelo cabe ao estúdio de design Seraphinne Vallora, de Londres, que decidiu se especializar em imagens feitas por IA. Em seu site, a empresa explica que é “a agência líder mundial em marketing de IA para marcas de moda e luxo”. E acrescenta: “Entregamos imagens fotorrealistas, vídeos cinematográficos e modelos digitais que dão vida aos seus produtos. Como líderes e criadores no setor, transformamos ideias em arte visual”.
A primeira reação costuma ser algo como “era inevitável”, mas mesmo assim o anúncio da Guess na Vogue repercutiu negativamente, em especial entre as modelos “humanas”. Uma reportagem da BBC britânica, por exemplo, disse que a iniciativa foi recebida com controvérsia e “levanta questões sobre o que isso significa para modelos reais que lutam por mais diversidade e para os consumidores – principalmente os jovens – que já lutam com padrões de beleza irreais”.
Valentina Gonzalez – uma das fundadoras da Seraphinne Vallora, ao lado da sócias Andreea Petrescu, ambas com 25 anos – disse à BBC que foram procuradas no Instagram por Paul Marciano, cofundador da Guess, e solicitadas a gerar um modelo de IA como parte da campanha de verão da marca. “Criamos 10 modelos e ele selecionou uma mulher morena e uma loura, que desenvolvemos ainda mais”, disse. Explicou ainda que o estúdio tem cinco funcionários que criam modelos de IA e cobra até seis dígitos (em libras!) de um cliente como a Guess.
A BBC também perguntou a modelos reais o que elas achavam do uso de IA em campanhas de moda, e ouviu respostas que foram desde “parece preguiçoso e barato” até “muito desanimador e assustador”. Felicity Hayward, modelo há mais de uma década, afirmou: “Ou a Guess está fazendo isso para criar um assunto de conversa e obter publicidade gratuita ou quer cortar custos e não pensa nas implicações disso”.
Na defesa do seu estúdio, Andreea Petrescu replicou: “Não criamos visuais inatingíveis – na verdade, o modelo de IA da Guess parece bastante realista. No fim das contas, todos os anúncios são criados para parecerem perfeitos e geralmente contam com supermodelos, então o que estamos fazendo não é diferente. Somos uma empresa e usamos imagens no Instagram que criarão uma conversa e nos trarão clientes”.
A Vogue também foi criticada por incluir o anúncio em sua edição impressa, e nas redes sociais um usuário chegou a dizer que a revista de moda havia “perdido credibilidade”, até porque o aviso de que a imagem havia sido criada por IA estava no canto da página, em letras pequenas. Outro usuário afirmou: “Uau! Como se as expectativas de beleza já não fossem irrealistas o suficiente, aí vem a IA para torná-las impossíveis. Nem as modelos conseguem competir”. Por sua vez, a direção da Vogue afirmou que se tratava de um anúncio, não de uma decisão editorial, mas se recusou a responder às perguntas da BBC.
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