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Um terço dos brasileiros não se sente seguro no emprego

Profissionais se preocupam com as incertezas econômicas globais e com o avanço de tecnologias como a IA

07/11/2023

Um terço dos brasileiros não se sente seguro no emprego
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Por redação AIoT Brasil

No Brasil, 35% dos trabalhadores não se sentem seguros no emprego, e esse contingente chega a 50% entre os profissionais mais jovens, de 18 a 24 anos de idade, embora, curiosamente, se reduza para 24% na faixa etária acima de 55 anos. Esse quadro foi revelado no estudo People at Work, feito pelo ADP Research Institute, que entrevistou 32.612 pessoas em 17 países de diferentes regiões do mundo.

De acordo com o relatório, na média global, 62% dos trabalhadores acham que nenhuma profissão deixará de ser afetada pela atual incerteza econômica, além de se preocuparem com o avanço de tecnologias capazes de substituir a mão de obra humana, com destaque para a inteligência artificial. A insegurança é maior nas áreas de mídia e informação, nas quais 54% dos profissionais temem a perda do emprego, seguindo-se os setores de hotelaria e lazer (51%).

Na média global, 38% das pessoas disseram que estão inseguras, uma proporção pouco acima da que se percebeu no Brasil, e os homens estão mais preocupados do que as mulheres (38% ante 32%). Do ponto de vista de implementação da tecnologia, 23% dos trabalhadores acreditam que a utilização da IA se tornará norma em sua área nos próximos cinco anos, com o objetivo de reduzir tarefas manuais ou repetitivas. Nesse contexto, 20% dos profissionais mais jovens admitem a possibilidade de trocar de emprego e 25% pensam em criar uma empresa própria.

Claudio Maggieri, gerente-geral para a América Latina da ADP, disse que os trabalhadores estão receosos, principalmente, com as notícias de demissões em massa em grandes companhias e com as novas tecnologias que supostamente podem ocupar os empregos deles. “Nesse cenário, sempre que necessário, as empresas terão de tomar medidas para tranquilizar os colaboradores talentosos que pretendem reter. É preciso assegurar que os esforços sejam reconhecidos com um ambiente favorável, salários justos e plano de carreira”, alertou.

Na pesquisa, cuja íntegra está disponível aqui, foram entrevistados 5.751 profissionais na América Latina (Argentina, Brasil e Chile), 7.721 na região Ásia-Pacífico (Austrália, China, Índia e Cingapura), 15.290 na Europa (França, Alemanha, Itália, Holanda, Polônia, Espanha, Suíça e Reino Unido) e 3.850 na América do Norte (Estados Unidos e Canadá).

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#emprego#inteligência artificial#perda do emprego

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