imagem: Unreal Engine cria cenários virtuais

Uma silenciosa transformação – ao menos para nós, os espectadores – está em curso no mercado de produção de vídeos. Porém, nos bastidores estas mudanças são vistas como uma verdadeira revolução em um setor cada vez mais aquecido: a produção virtual, um mercado com expectativa de crescimento médio anual acima de 30% até 2027.

Redução de custos, agilidade e melhoria nos conteúdos, esta fórmula mágica somente é possível com a criação de estúdios para produção virtual e aplicação de painéis de LED em paredes, chão e até no teto, que integrados a sensores, câmeras, controladoras, equipamentos de iluminação, entre outros, transformam ficção em realidade em nossas telas.

Com a utilização da produção virtual, os estúdios podem economizar com locações externas e ainda reduzir o tempo de deslocamento e viagens da equipe de produção e atores, pois uma cena urbana, em um deserto ou em uma geleira no Polo Norte, pode ser gravada no mesmo dia. E as produtoras ainda têm total controle sobre as condições climáticas e segurança da equipe envolvida em ambientes hostis, que podem atrasar as produções e elevar ainda mais os custos.

A necessidade de retrabalho de uma cena também reduz drasticamente, pois é possível acompanhar o resultado com renderização em tempo real, fazendo os ajustes imediatamente conforme o desejo da direção artística. Em grandes produções, esta redução do custo pode chegar a 15%, ou seja, milhões e milhões de dólares são economizados. Aos olhos de fora, nos parece um movimento lógico, mas por que este movimento começou somente nos últimos anos, já que nenhuma das tecnologias citadas acima são novidade?

Não somente os hardwares tiveram uma evolução sensível na performance, abrindo oportunidades para novas aplicações – a indústria dos painéis de LED, por exemplo, têm apresentado soluções de Micro LED – como o LG Magnit – que além de resolução excepcional, ainda oferece alta taxa de atualização para evitar o “efeito fantasma” em cenas rápidas, contraste, brilho e acuracidade de cores sem precedentes; como também as tecnologias de renderização de efeitos visuais em 3D que inicialmente eram usadas para games como Unreal Engine e Unity, resultando em uma pós produção mais simples, com aplicação até de inteligência artificial que reduz os custos desta etapa de produção de conteúdo em até 60%.

Engana-se quem pensa que esta revolução está restrita à bilionária indústria cinematográfica. Atualmente outros setores como o corporativo e educação, estão criando seus próprios estúdios para produção de conteúdo. Nós da LG já usamos nosso estúdio para fazer unboxing de produtos, treinamentos, vídeos publicitários e lives de e-commerce que vão diretamente para nossas plataformas digitais com rapidez, flexibilidade e praticidade e são nesses setores, fora da indústria tradicional de cinema, onde há mais oportunidades e mais espaço para crescimentos nos próximos anos.

*Rodrigo Fiani é vice-presidente de Vendas IT, B2B e ar-condicionado da LG do Brasil