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07/11/202405/08/2021
Por redação AIoT Brasil
A Nvidia decidiu permitir a utilização do seu supercomputador Cambridge-1 por pesquisadores que atuam no Reino Unido com inteligência artificial aplicada nas áreas de ciências biomédicas e biologia digital. Os primeiros projetos estão sendo desenvolvidos por meio de parcerias com as farmacêuticas AstraZeneca e GSK, a fundação Guy’s and St Thomas’s NHS, a universidade pública King’s College London e a empresa de tecnologia Oxford Nanopore e envolvem o estudo aprofundado de doenças cerebrais como a demência, o uso de IA para criar medicamentos e o aumento da precisão na identificação de variações do genoma humano.
O Cambridge-1 é o primeiro supercomputador projetado e desenvolvido para ser acessado por pesquisadores externos. Representa um investimento de 100 milhões de dólares da Nvidia e conta com 80 sistemas DGX A100, GPUs Nvidia A100, DPUs BlueField-2 e redes Nvidia InfiniBand HDR, para oferecer mais de 400 petaflops de desempenho de IA e 8 petaflops de desempenho no Linpack. O sistema está instalado em uma unidade operada pela Kao Data, em Londres.
“O Cambridge-1 ajudará pesquisadores líderes de empresas e do meio acadêmico a realizar projetos importantes, gerando mais informações sobre doenças e tratamentos em uma escala e uma velocidade inéditas no país. As descobertas ocorrerão no Reino Unido, mas o impacto será mundial, promovendo pesquisas inovadoras que têm o potencial de melhorar a vida de milhões de pessoas”, anunciou Jensen Huang, fundador e CEO da Nvidia.
A AstraZeneca utilizará o computador para acelerar a descoberta de medicamentos com recursos de inteligência artificial, com base em grandes conjuntos de dados, e para criar um processo avançado de análise de imagens na patologia digital. A GSK também se concentra no desenvolvimento de medicamentos, por meio de pesquisas em genética humana, genômica funcional, inteligência artificial e aprendizado de máquina.
A universidade King’s College London e a fundação Guy’s and St Thomas’ NHS estão usando o Cambridge-1 para ensinar modelos de IA a gerar imagens cerebrais sintéticas, baseadas em dezenas de milhares de ressonâncias magnéticas de pacientes de várias idades e com diferentes doenças. O objetivo é utilizar o modelo de dados sintéticos para entender melhor patologias como demência, acidente vascular cerebral, câncer cerebral e esclerose múltipla, a fim de agilizar o diagnóstico e o tratamento.
Por fim, os estudos da Oxford Nanopore estão relacionados ao sequenciamento genômico e pretendem desenvolver ferramentas de IA que aumentem a velocidade e a precisão das análises. Com o acesso ao Cambridge-1, os pesquisadores da empresa poderão realizar em horas algumas tarefas que levariam vários dias, graças a algoritmos aprimorados de precisão genômica.
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