Demanda por chips de IA alavanca nova valorização da Nvidia
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19/11/202421/03/2022
Por redação AIoT Brasil
Depois de receber um investimento de R$ 66 milhões liderado pelo fundo japonês Softbank, em outubro, e começar a atuar na capital paulista em dezembro, a empresa carioca de soluções de segurança Gabriel anunciou a aquisição da startup de tecnologia Retina Vision, fundada por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP). Com isso, incorporou ao seu portfólio uma plataforma de visão computacional que habilita câmeras de segurança a ler placas de veículos, detectar casos de roubo e emitir alerta em tempo real.
A Gabriel foi criada em 2020 por Erick Coser e Otávio Miranda e instala e interconecta câmeras a partir de prédios residenciais, casas e lojas, com um modelo de monitoramento dirigido para o que acontece na rua. Com a plataforma desenvolvida pela Retina Vision, as câmeras poderão identificar qualquer tipo de placa e, automaticamente, cruzar as informações com dados do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública.
A plataforma é compatível com mais de 6 mil tipos de câmeras de segurança e utiliza técnicas de deep learning para identificar os caracteres individualmente, e não a partir de padrões sequenciais. O modelo de inteligência artificial foi criado na disciplina de Desenvolvimento Integrado de Produtos da Escola Politécnica da USP, em 2016, a fim de encontrar soluções para as 600 mil ocorrências de roubos ou furtos de veículos registradas no Brasil, com prejuízo anual estimado em R$ 6 bilhões.
O físico Paulo Henrique Silveira, um dos fundadores da Retina Vision, disse que na USP há uma preocupação em dirigir as pesquisas no sentido de encontrar soluções para problemas reais e colocar isso à prova. “Criamos uma tecnologia de monitoramento inteligente, preciso e de baixo custo de aplicação, que auxilia objetivamente na gestão de segurança dos bairros”, afirmou.
De acordo com Erick Coser, CEO da Gabriel, o foco da empresa é sempre a prevenção por meio de informações objetivas: “A Retina Vision coleta dados concretos e relevantes que ajudam a proteger as pessoas. Isso mostra a importância do desenvolvimento nas universidades de projetos de ponta que trazem benefícios práticos para todos. Ao conhecer a tecnologia e sua aplicação, nosso interesse em adquiri-la foi imediato”.
Atualmente, a Gabriel mantém câmeras nos bairros de Pinheiros e Jardins, em São Paulo, e em Ipanema, Leblon, Lagoa, Copacabana, Botafogo, Flamengo, Gávea, Jardim Botânico e São Conrado, no Rio. Segundo a empresa, essa infraestrutura de monitoramento já auxiliou a polícia em mais de 340 investigações.
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